Com o avanço da vacinação e o abrandamento da pandemia de coronavírus, muitas empresas começaram a exigir que seus funcionários voltassem ao trabalho presencial, como revela um estudo divulgado pela consultoria KPMG, feito em julho e agosto passados. Segundo a pesquisa, 52% das empresas têm planos de retorno aos escritórios até o fim deste ano. Essa saída gradual do trabalho em home office tem trazido uma nova preocupação para os donos de bichinhos de estimação: a crise de “ansiedade por separação” gerada nos pets, que passarão a ficar mais tempo separados dos donos.
De acordo com a veterinária e doutora em Ciência Animal, com ênfase em Neurologia, Maria Paula Rajão Costa Toledo, há animais que não se adaptam a ficar sozinhos, o que pode gerar estresse, ansiedade e outros graves problemas de saúde, que são logo percebidos pelos donos. “Cães que sofrem de ansiedade por separação podem se lamber em excesso, roer e destruir móveis e objetos da casa, perseguir a própria cauda, latir e chorar insistentemente”, afirma ela.
A veterinária diz ainda que, embora os gatos tenham um temperamento mais independente e sejam mais solitários, também podem sofrer com as alterações da rotina e com a ausência dos donos ou cuidadores. Os sinais mais comuns são parecidos com os observados em cães: mudanças no apetite, vocalização (miados) frequente e agressividade.