“Na minha tese, a consumação do crime de tráfico de drogas internacional se dá no momento da negociação. Então, acredito que a Mary Hellen possa vir para o Brasil e não responder por associação ao tráfico porque foi aliciada. Era apenas uma ‘mula’ do tráfico”, defendeu o advogado.
Segundo Telêmaco, existe a possibilidade de a mineira responder por tráfico privilegiado e pegar uma pena de cinco anos, que poderia cair para um ano e oito meses.
Na operação batizada de “ONG BAK”, a PF cumpriu na quarta um mandado de prisão e dois de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. A Justiça também autorizou as quebras dos sigilos telefônicos e bancários dos investigados.
Em 26 de abril, Mary Hellen fez a primeira vídeochamada a partir do presídio em Bangkok, na Tailândia, para a irmã Mariana Coelho, que está em Pouso Alegre. Desde que foi presa, a jovem tinha conseguido apenas enviar uma carta, escrita por terceiros.
Relembre o caso
Mary Hellen, de 21 anos, saiu de Pouso Alegre, no sul de Minas, onde morava com a família, dizendo que iria para Curitiba se encontrar com um namorado que havia conhecido pelas redes sociais. “Ela mandou mensagens dizendo que estava tudo bem”, segundo Mariana Coelho.
A jovem não tem passagem pela Polícia. Ela trabalhava como garçonete em uma churrascaria de Pouso Alegre.
A notícia da prisão só chegou para a família depois que a mineira enviou uma mensagem de áudio chorando desesperada dizendo “tenta falar com a embaixada para poder entrar em contato aqui, tá bom?”