Mais de 40 anos após o primeiro caso no Brasil, o HIV ainda representa um desafio importante: mesmo com ampla oferta de diagnóstico e tratamento, crescem as infecções entre jovens e os diagnósticos tardios. Em 2025, o país ultrapassou 46 mil novos casos, com maior incidência entre homens de 20 a 29 anos e forte impacto em populações negras.
Especialistas apontam que a sensação de baixo risco contribui para o aumento das infecções, enquanto a falta de testagem regular impede o tratamento precoce. Para a infectologista Gisele Gosuen, descobrir o vírus cedo é decisivo: “pior do que viver com HIV é não saber que vive com o vírus”.
Novas tecnologias de prevenção, como o cabotegravir e o lenacapavir — medicações injetáveis de longa duração — representam avanços importantes, mas ainda não estão acessíveis pelo SUS. Já o autoteste gratuito, disponível em unidades públicas e farmácias, é uma ferramenta essencial para ampliar o diagnóstico.
Apesar dos avanços, cortes internacionais em programas de saúde e persistência do estigma dificultam a meta global de eliminar a Aids como problema de saúde pública até 2030. Especialistas reforçam: prevenir, testar e tratar são os caminhos mais eficazes para conter o vírus.
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Fonte: g1 — 01/12/2025

















