Cinco anos após ser lançado, o Pix transformou a relação dos brasileiros com o dinheiro e se tornou o meio de pagamento mais utilizado no país. A ferramenta, criada pelo Banco Central, chegou em novembro de 2020 a apenas uma pequena parcela da população, mas rapidamente ganhou espaço e mudou hábitos de consumo em todas as regiões.
Pesquisas mostram que, em 2021, o dinheiro físico ainda era utilizado por 83,6% da população, enquanto o Pix alcançava 46,1%. Três anos depois, esse cenário mudou de forma expressiva: em dezembro de 2024, o uso do dinheiro em espécie caiu para 68,9%, ao passo que o Pix atingiu 76,4% da população. Hoje, estima-se que cerca de 90% dos adultos utilizem a ferramenta para fazer pagamentos, transferências e compras do dia a dia.
Apesar da ascensão, especialistas avaliam que o dinheiro físico não deve desaparecer. A justificativa é que parte da população ainda tem pouco acesso a meios digitais ou mantém a preferência por pagamentos em cédulas e moedas. A experiência internacional reforça essa perspectiva: mesmo em países onde sistemas instantâneos de pagamento são amplamente usados, as formas tradicionais continuam existindo, embora menos presentes.
A popularidade do Pix se deve à rapidez, à gratuidade e à facilidade de uso. Em outubro deste ano, foram mais de 7 bilhões de transações realizadas, movimentando mais de R$ 3 trilhões. Desse total, operações entre pessoas e empresas representaram 44%, enquanto transferências entre pessoas físicas se mantiveram como uma das modalidades mais comuns.
Desde sua criação, o Pix também desempenha um papel importante na inclusão financeira. Em 2020, nos primeiros dias de funcionamento, sua adoção alcançava pouco mais de 6% da população. Em apenas três anos, esse percentual superou 77%, impulsionado pela simplicidade da ferramenta e pela expansão do acesso à internet e aos smartphones.
O avanço do Pix tem provocado mudanças no sistema financeiro, reduzindo o uso de outros meios tradicionais, como DOC — que deixou de existir — e diminuindo a relevância do TED. Mesmo assim, especialistas apostam em um cenário de convivência entre o digital e o dinheiro físico, com o Pix assumindo cada vez mais protagonismo, mas sem eliminar totalmente as formas convencionais de pagamento.
Crédito do texto: Redação
Fonte da foto: Agência Brasil
















