PIX: para evitar golpes, polícia sugere não buscar ‘dinheiro fácil’

Por Dentro De Tudo:

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O avanço do PIX, lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central (BC), é acompanhado pelo número de crimes que se aproveitam da facilidade de manejo que a tecnologia proporciona. 

Só em março de 2022, houve 1,8 bilhão de transações na plataforma, quatro vezes maior do que no mesmo mês do ano anterior, quando 647 milhões foram registradas. O valor movimentado no mês foi de R$ 891,3 bilhões, duas vezes maior do que em 2021, conforme a instituição. 

Em contraste, relatório da consultoria “PSafe”, indica que, nos cinco primeiros meses de 2022, 3,4 milhões de tentativas de golpes financeiros foram contabilizados. Entre janeiro e maio de 2021, 2,2 milhões ocorreram.

Golpes envolvendo o PIX são, quase sempre, fruto de estelionatários e costumam se encaixar dentro de duas categorias. 

A mais fácil de ser evitada é a tentativa de “ganhar dinheiro fácil”. Há vários perfis em redes sociais que prometem, por exemplo, que alguma quantia repassada aos golpistas será devolvida em dobro.

A outra ocorre quando há alguma “engenharia social” envolvida. 

Nesses casos, explica Renato Nunes Guimarães, titular da Divisão Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos e Defesa do Consumidor da Polícia Civil de Minas Gerais, criminosos têm acesso a dados da vítima e tentam se passar por outra pessoa ou instituição. 

“Há casos em que entram em contato dizendo que existe uma vulnerabilidade no sistema PIX e prometem que o usuário vai receber o dinheiro em dobro se fizer uma transação. Em outros, se passam por bancos”, descreve. Há também golpes aplicados a partir de links enganosos ou invasões de dispositivo.

“Se receber alguma ligação ou mensagem, tente ligar de volta em outro número. No golpe, o estelionatário já tem acesso a um banco de dados da vítima [nesses casos], é um golpe mais direcionado. Para evitar, o ideal é não passar nenhum dado pessoal”, aconselha. 

Guimarães pontua que o crescimento de golpes via PIX não significa um problema com a plataforma, mas é consequência do aumento no volume de usuários. 

“O criminoso prefere o PIX por causa da transferência instantânea. Outros meios demoram até um dia para que o dinheiro seja transferido e, nesse meio tempo, pode-se entender que há um golpe. O pix é rápido, e há aumento no uso. Algumas transações são fraudulentas, mas não são em razão do sistema PIX em si”, ressalta.

A orientação para quem sofreu algum golpe na plataforma é, de imediato, tentar contatar a agência bancária ou instituição financeira responsável pela conta de que partiu a transferência. Em seguida, deve-se procurar uma delegacia e registrar boletim de ocorrência.

Fonte: O Tempo.

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