fbpx

Plataforma #PartiuDoarSangue incentiva doação durante a pandemia do coronavírus

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Neste domingo, dia 14 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, data criada para conscientizar a população sobre a importância deste ato. Nos últimos meses, em decorrência do isolamento social e demais ações preventivas para conter a propagação do coronavírus, o ritmo de doações diminuiu, resultando na queda dos estoques de sangue em diversas regiões do País. Para incentivar a coleta, o Ministério da Saúde divulgou, em março, orientações e precauções para que a população não quebre essa corrente do bem e continue contribuindo para manter os estoques abastecidos.

O professor de Ciência da Computação da Faculdade Pitágoras, Orlando Silva, que é morador de Matozinhos, usou a tecnologia a serviço da doação de sangue e criou a plataforma #PartiuDoarSangue, aplicativo que conecta quem precisa doar sangue à possíveis doadores. A pessoa cadastra um pedido de doação – colocando tipo sanguíneo que precisa (ou pra ela ou para um banco de sangue) e onde podem ser feitas as doações – e o sistema automaticamente avisa os doadores cadastrados na região, para que possam ajudar. O app está disponível nas plataformas Android e iOS para Smartphones como aplicativo de forma gratuita ou pelo site e atende pessoas de todo o Brasil, contando com mais de 17 mil doadores cadastrados. “Temos parceria com alguns bancos de sangue para doações diretas, mas temos planos de buscar novos parceiros para aumentar ainda mais o nosso alcance”, explica o professor.

Para Marcus Tavares, professor de Enfermagem, especialista em saúde pública, mestre e doutorando em Saúde e Enfermagem – Membro do Conselho Regional de Enfermagem – esta é uma causa nobre e pode ser realizada com segurança. O especialista reforça a importância desta ação neste momento em que estoques de sangue estão reduzidos em todo o país, além de compartilhar dicas para a doação segura. “Os bancos de sangue tem adotado medidas de prevenção para evitar a propagação do vírus e para que não haja risco aos doadores. A distribuição de álcool em gel, o uso da máscara, a limpeza a cada uma hora das maçanetas de portas e corrimãos, e distanciamento entre as cadeiras da coleta para evitar contato físico são alguns exemplos. A doação de sangue é segura, não havendo riscos para quem doa”, explica.

Segundo o especialista, algumas dicas, além dos cuidados redobrados com a higiene, é ter uma boa noite de sono, não estar em jejum e consumir alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras, hidratar-se com bastante água e sucos naturais e não utilizar qualquer tipo de substância psicoativa (incluindo álcool e tabaco) nas últimas 12 horas antes da doação.

Dados

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas 16 a cada mil brasileiros são doadores de sangue, o que representa 1,6% do total da população. A estimativa é de que 66% dessas doações sejam espontâneas, ou seja, de pessoas que buscam os centros voluntariamente. O Ministério da Saúde orienta à população que continue doando sangue, mesmo neste momento de pandemia, uma vez que os casos de febre amarela, anemia crônicas, tratamentos de câncer, acidentes que causam hemorragias, complicações decorrentes de dengue e outras doenças graves continuam acontecendo e mantendo o consumo de sangue diário e contínuo. São cerca de 32 hemocentros no país, além de aproximadamente 500 serviços de hemoterapia – onde também são feitas coletas e uso do sangue, segundo dados do órgão.

Para doar sangue, segundo o Ministério da Saúde, os candidatos precisam ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam do consentimento dos pais), pesar no mínimo 50 quilos, estar em bom estado de saúde e levar documento com foto no momento da doação. Em relação ao coronavírus, são considerados inaptos pelo período de 30 dias pessoas que tiverem contato, há menos de 30 dias, com casos suspeitos ou confirmados da doença ou que apresentarem sintomas respiratórios e febre.

Encontre uma reportagem