Na última segunda-feira (10 de fevereiro), uma poda de árvores na orla do Piquenique Literário, em Lagoa Santa, resultou na morte de cerca de 40 garças e ferimentos em outras aves. A Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) informou que aproximadamente 150 animais foram afetados pela ação, realizada pela prefeitura. O serviço foi autorizado, mas ocorreu em plena época de reprodução das aves, o que agravou a situação, com ovos e filhotes mortos.
De acordo com o tenente Elber, da PMMA, as garças, que estavam nas árvores, caíram após a poda, e muitas ficaram feridas. O período de reprodução, caracterizado pela grande presença de aves nas árvores, foi um fator determinante para o desastre. Embora a poda fosse permitida, os responsáveis pelo serviço foram autuados com base na Lei 9.605/98, que trata das sanções para atividades lesivas ao meio ambiente, além da possibilidade de crimes relacionados a maus-tratos aos animais.
A Prefeitura de Lagoa Santa declarou que está apurando o ocorrido, e o prefeito Breno Salomão convocou uma reunião com os setores envolvidos para investigar o incidente e adotar as medidas cabíveis, garantindo que tal situação não se repita. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias da poda e solicitou esclarecimentos à prefeitura.
Enquanto isso, a ONG responsável pelo socorro dos animais feridos encaminhou as garças para um hospital veterinário. O caso gerou indignação em relação aos cuidados com o meio ambiente, especialmente durante um período tão crítico para a fauna local.
