A eleição geral para presidente, governador, senadores e deputados mal acabou e os brasileiros já se preparam para voltar às urnas em 2024 e escolher os prefeitos e vereadores que governarão os municípios pelos quatro anos seguintes.
A proximidade entre as eleições gerais e municipais — no Brasil, os eleitores comparecem às urnas a cada dois anos — traz o debate: por que não unificar os pleitos e realizar apenas uma votação, de quatro em quatro anos, para todos os cargos públicos?
O assunto é polêmico e divide opiniões no meio político. Nas últimas décadas, várias propostas foram feitas nesse sentido, mas nenhuma avançou. Com a pandemia da Covid-19 em 2020, por exemplo, foi discutido cancelar a eleição municipal daquele ano e estender o mandato dos prefeitos e vereadores por dois anos. A possibilidade surgiu diante da dificuldade de se organizar uma votação sem que houvesse aglomeração dos eleitores.
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) chegou a apresentar uma proposta de emenda constitucional (PEC) prorrogando os mandatos e determinando uma eleição unificada em 2022 para todos os cargos — presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador.
A proposta previa ainda acabar com a reeleição no Brasil, mas aumentar a duração de todos mandatos de quatro para cinco anos a partir de 2026. A PEC, no entanto, sequer tramitou no Congresso Nacional e o assunto foi encerrado.
Fonte: Itatiaia.