Um casal de Belo Horizonte está em uma batalha judicial para registrar o filho recém-nascido com o nome Piiê, em homenagem ao primeiro faraó negro do Egito. O bebê, que nasceu no dia 31 de agosto, ainda não possui certidão de nascimento, pois o nome foi barrado tanto pelo cartório quanto pela Justiça.
O cartório alegou problemas com a grafia do nome, e a Justiça negou o pedido afirmando que o menino poderia sofrer bullying, pois o nome se assemelha ao passo de balé “plié”. Os pais, Catarina e Danillo Prímola, destacam a importância do nome, que remete à herança africana e ao faraó núbio que conquistou o Egito.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) justificou a decisão com base na Lei 6.015/1973, que impede o registro de prenomes que possam expor a criança ao ridículo. No entanto, o casal ainda pode tentar recorrer da decisão, apresentando uma nova argumentação. Enquanto isso, o menino segue sem certidão de nascimento, o que impacta outros processos como vacinação e testes médicos.
