A Polícia Civil está investigando um caso de injúria racial que ocorreu em um condomínio no Residencial Sul Ipês, em Montes Claros. O suspeito, um homem de 34 anos, foi preso em flagrante após ofender outra pessoa, chamando-a de “preto e macaco”, conforme registrado em um vídeo que circula nas redes sociais.
A vítima, Lázaro José de Lima Silva, relatou que ao chegar ao estacionamento do condomínio, encontrou o suspeito agredindo sua própria mãe. Ao tentar intervir na situação, foi surpreendido pelo homem que se identificou como policial e ordenou que ele se afastasse. Lázaro contou que o síndico pediu ajuda e, ao se aproximarem, o suspeito partiu para cima deles. Ele se refugiou em seu carro, mas o suspeito continuou a ameaçá-lo, afirmando que era policial e que iria multá-lo. Durante a discussão, o suspeito proferiu ofensas raciais, chamando Lázaro de “preto” e “macaco”.
Em entrevista à Inter TV, Lázaro expressou sua indignação com a situação, ressaltando que é complicado viver experiências desse tipo em um tempo em que isso não deveria acontecer mais. Ele afirmou que, apesar da dor e da raiva causadas pela ofensa, decidiu não reagir e simplesmente saiu do local.
Na hora da prisão, o suspeito alegou aos policiais que estava em casa consumindo bebidas alcoólicas e negou qualquer irregularidade. No entanto, a Polícia Militar observou que ele apresentava sinais visíveis de embriaguez. A mãe do suspeito conversou com os policiais, mas não confirmou que estava sendo agredida, mencionando apenas que o filho tem transtornos mentais e estava sem medicação há alguns dias.
A delegada Kelly Liz Fernandes Martins informou que a prisão foi ratificada e que o suspeito foi encaminhado para o presídio de Montes Claros. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do ocorrido. A delegada também destacou que, apesar de o suspeito ter se apresentado como policial militar e ter feito ameaças de multa, foi verificado que ele não faz parte do quadro da instituição.
A produção da Inter TV tentou contatar o advogado de defesa do suspeito, mas não obteve resposta.
Fonte: g1
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