A Polícia Civil prendeu três pessoas suspeitas de crimes ambientais e fiscais. Ela também cumpriu oito mandados de busca em apreensão na manhã desta quinta-feira (16) em Belo Horizonte, Sete Lagoas e Itabira. As ações são parte da segunda fase da operação “Ultimato”.
Segundo a corporação, os suspeitos são integrantes de empresas de tratamento de minério. Agentes públicos ambientais também são investigados por suspeita de colaborar nas atividades ilegais destas empresas.
A primeira fase da operação ocorreu em maio deste ano, com a execução de 14 mandados de busca e apreensão em cinco cidades mineiras. Ela teve início em 2020 tendo como alvo cinco empresas e com objetivo de combater crimes ambientais ligados à extração de minério de ferro.
Segundo o delegado do Departamento de Meio Ambiente (DEMA), Pedro Ribeiro de Oliveira Souza, são investigados os crimes de supressão de vegetação sem autorização, prestação de informações falsas a órgãos ambientais, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
“É uma empresa que atua em várias cidades. Ela não é considerada enorme, embora tenha faturamentos de mais de R$200 milhões (por ano), segundo algumas notas ficais que a gente pegou na primeira fase. Então os valores são altos, embora a gente não entenda ainda, se esses valores são compatíveis com as atividades que a empresa exerce”.
Ainda segundo o delegado, é possível que servidores públicos ambientais estejam envolvidos nos crimes destas empresas.
O delegado afirmou ainda que uma das empresas chegou a ser interditada em 2009 e em maio deste ano. Os gestores tiveram suas prisões decretadas por manterem o funcionamento irregular das instituições.