A Polícia Civil de Minas Gerais solicitou à Justiça a prorrogação de 30 dias para finalizar o inquérito que apura a morte de um gari de 44 anos, assassinado durante uma confusão de trânsito em bairro de Belo Horizonte. O principal suspeito, um empresário de 47 anos, confessou o crime e está preso na penitenciária da região metropolitana.
O incidente ocorreu quando o gari realizava a coleta de lixo e o suspeito, após discussão no trânsito, teria sacado uma arma e atirado contra a vítima. Laudemir foi atingido na região torácica e não resistiu aos ferimentos, sendo socorrido ao hospital. Testemunhas relataram que o suspeito manteve comportamento calmo após o crime, e imagens de câmeras de segurança mostram sua rotina normal, incluindo retorno à empresa, ida à residência e passeio com cães.
O empresário confessou o crime durante interrogatório, alegando que disparou a arma da esposa, que é delegada da Polícia Civil, sem que ela soubesse. A arma passou por perícia e a delegada é investigada pela Corregedoria para apurar eventuais responsabilidades. O Ministério Público solicitou a “responsabilização solidária” da delegada e pediu bloqueio de até R$ 3 milhões para garantir ressarcimento à família da vítima.
Familiares, colegas e amigos realizaram o velório do gari, destacando sua dedicação ao trabalho e à família e cobrando justiça pelo assassinato. A Polícia Civil segue investigando o caso, que inclui homicídio duplamente qualificado e ameaça contra outra vítima envolvida na confusão de trânsito.
