Um homem de 28 anos foi preso suspeito de ter participado do sequestre de Analice Ramos de Oliveira, de 50 anos, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Ele estava em posse do veículo utilizado no crime, que foi encontrado incendiado na noite de segunda-feira (26). O homem teve diversas queimaduras pelo corpo e foi encaminhado ao hospital.
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), ele vai responder pelos crimes de incêndio, receptação e adulteração de sinal identificador. O carro em que ele estava e que foi utilizado no sequestro da funcionária pública havia sido furtado em 2 de agosto, de uma concessionária da cidade. Os peritos confirmaram a informação depois de extrair o número do chassi do automóvel.
Também durante a abordagem, a perícia realizou trabalhos técnicos e não encontrou vestígios da vítima. A suspeita é de que ela teria sido carbonizada pelo incêndio do carro, o que não se confirmou. “A PCMG continua atuando com diligências para localizar a vítima que, até o momento, permanece desaparecida”, disse em nota.
O paradeiro de Analice Ramos de Oliveira segue como um mistério. A família da funcionária pública disse que acredita que o crime foi motivado por vingança. Isso porque o sobrinho da vítima, que era conhecido como “Preto queijeiro”, tinha envolvimento com o crime e teria sido morto por um desentendimento com membros de uma gangue.
No domingo (25), a filha dela, Dieuryslane Ramos Rocha, chegou a negociar com um dos suspeitos. Rocha disse para a reportagem que ele fez exigências e afirmou que a sua mãe está morta. “Eu fui até a casa do sequestrador porque ele prometeu uma negociação. Só que eles falaram comigo que ela está morta”, disse. O homem teria exigido informações do autor ou do mandante do crime que matou o irmão dele. “Ninguém sabe onde esse cara está”, completou.
Durante a tarde do último domingo, um outro suspeito pelo crime também foi preso. Ele não teve a identidade divulgada pelas autoridades. A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado expedido pela Justiça. Cerca de 20 policiais foram mobilizados na ação. No local onde ele foi encontrado, também foram apreendidos aparelhos celulares, quatro passaportes e uma certa quantia em dinheiro, o que, segundo a PCMG, indica a iminência de fuga. Os materiais apreendidos podem auxiliar nas investigações. O homem foi conduzido a Delegacia e entregue ao sistema prisional após ser ouvido.
Na ação, uma mulher, de 32 anos, que seria companheira deste suspeito, chegou a ser conduzida por omissão de cautela para a Delegacia. Ela revelou ser dona de armas e munições que foram apreendidas durante a abordagem. A mulher foi ouvida e depois liberada.
Desde a manhã da última sexta-feira (23), data em quando o crime ocorreu, a PCMG instaurou um procedimento para apurar o ocorrido e tentar localizar a vítima. Equipes estiveram mobilizadas durante o final de semana nos trabalhos de diligências. A investigação deve continuar durante a semana.
Fonte: O Tempo.
