Policiais militares em Minas Gerais denunciaram a falta de pagamento de diárias a que têm direito por lei quando precisam se deslocar para cidades a mais de 50 km de distância de sua lotação. A denúncia foi debatida em uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (8), organizada pelo deputado Sargento Rodrigues (PL).
De acordo com a legislação, esses profissionais deveriam receber valores suficientes para cobrir gastos com hospedagem, alimentação e transporte. No entanto, diversos relatos indicam que os valores pagos são insuficientes ou, em alguns casos, inexistentes. Um dos casos mencionados afirmou que um policial recebeu apenas 0,25% do valor total devido. O problema, que vem ocorrendo desde 2019, teria se intensificado em 2023 e afeta cerca de 35 mil policiais em cidades do interior como Barbacena, Passos e Montes Claros.
Durante a audiência, o comandante-geral da PMMG, Carlos Frederico Otoni Garcia, afirmou que já está analisando a situação e destacou as dificuldades financeiras do estado como uma das razões para o atraso nos pagamentos. Ele também prometeu estudos para ajustar os pagamentos, que devem ser concluídos em 20 dias.
Além disso, uma denúncia de intimidação contra um policial que pediu o pagamento de diárias em Pouso Alegre foi discutida. Segundo o relato, o militar foi ameaçado por um superior após exigir seus direitos. O comandante-geral prometeu apurar o caso antes de tomar providências.
Essas questões refletem uma preocupação crescente entre os policiais, que alegam prejuízos financeiros ao realizar seu trabalho longe de casa.
