terça-feira, 14 de maio de 2024

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Policial civil investigado por corrupção movimentou R$ 44 milhões em um ano

Por Dentro De Tudo:

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Um dos policiais civis investigados na operação Higia, deflagrada pelo Ministério Público nesta semana, teria movimentado em apenas um ano, cerca de R$ 44 milhões por meio de uma empresa de acordo com a investigação. Segundo o MP, o valor, por si só, “é incompatível com o cargo e com os proventos de policial civil”.

“Ou seja, há fortes indícios no sentido de que [o nome do policial] não só integra o grupo como também recebe valores em espécie em razão de sua função como policial civil de maneira reiterada, sendo de rigor a decretação da medida para garantia de ordem pública e também econômica”, pediu o MP ao defender a prisão preventiva do investigado.

Esse policial em específico é lotado no Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) e integrou a organização criminosa para receber propina em detrimento da sua função estratégica. A investigação registrou encontros do policial com o advogado suspeito de intermediar as vantagens indevidas e traficantes conhecidos no meio policial, sempre com o modus operandi do grupo, com encontros rápidos, em locais públicos e com entrega de embrulhos. Foram detalhados encontros em 26 de abril, 20 de maio, 15 de junho e 20 de dezembro do ano passado.

Após ter o sigilo quebrado, foi constatado que o policial mantinha contato com o advogado desde 19 de abril de 2021. Eles conversaram nos meses de maio, junho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado.

A operação Higia

A operação “Higia” – cujo nome faz referência à deusa da saúde, limpeza e sanidade -, foi deflagrada nesta terça-feira (28) de maneira conjunta, envolvendo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Corregedoria-Geral da Polícia Civil, a Polícia Militar (PM) e o Departamento Penitenciário de Minas. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de prisão preventiva e 40 mandados de busca e apreensão. 

As investigações descobriram uma organização criminosa voltada para os crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro, sendo que eram pagos valores indevidos a agentes do Depatri e, também, do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) e do Departamento Estadual Investigação Crimes de Trânsito (Deictran).

“Segundo o apurado, os policiais civis investigados recebiam de criminosos, em sua maioria traficantes de drogas, vantagens indevidas para que não houvesse um efetivo enfrentamento dos crimes por eles praticados, favorecendo, assim, o exercício das suas rentáveis atividades criminosas. Os contatos entre os policiais civis e os criminosos, bem como o recolhimento do dinheiro dos traficantes e a sua entrega aos policiais, eram intermediados por um advogado, que também teve sua prisão preventiva decretada”, detalhou o órgão por meio de nota. 

Foram cumpridos mandados nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Ribeirão das Neves, Vespasiano e Curvelo. Também aconteceram buscas em celas de quatro investigados que já estavam detidos em unidades prisionais de Patrocínio e Ribeirão das Neves. 

Fonte: O Tempo.

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