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Por que profissionais da geração Z não querem ser chefes?

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Ser promovido e crescer na empresa pode ser uma das principais métricas de sucesso profissional – mas não para a geração Z. Pesquisas recentes mostram que os mais jovens não têm ambição de chegar ao topo, seja por falta de preparo, de confiança ou interesse.

A Korn Ferry, consultoria global de gestão organizacional, entrevistou 800 analistas de mercado sobre seus objetivos em organizações. Segundo o estudo, 67% dos investidores acreditam que os líderes de hoje não estão preparados para o futuro. “As empresas não desenvolvem habilidades para que os talentos, jovens ou não, estejam aptos quando a ocasião chegar”, diz Rodrigo Araújo, presidente da Korn Ferry no Brasil.

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Prioridades trazidas pela geração Z no trabalho podem surpreender profissionais mais experientes

Além do despreparo, existe um desinteresse em assumir essas posições. Uma pesquisa realizada pela CoderPad, plataforma de contratação de desenvolvedores, identificou que 36% dos profissionais entrevistados não têm intenção de assumir responsabilidades gerenciais. Segundo análises do ​​consultor de carreira de Harvard Gorick Ng, que entrevistou centenas de jovens em todo o mundo, menos de 2% da geração Z tem a ambição de subir na pirâmide corporativa. 

Araújo também cita outros fatores que têm afastado profissionais da liderança, como a alta responsabilidade, carga horária elevada, tomada de decisões que podem acarretar erros e dificuldade para delegar tarefas.

Ambiente multigeracional

Para as gerações anteriores, que almejavam subir de cargo e sonhavam em ser CEOs, a nova tendência pode surpreender. Araújo, por outro lado, enxerga uma relação desse movimento com a “escassez de boas referências”. “A experiência com líderes autoritários e hierárquicos pode desmotivar.”

A última geração a entrar no mercado de trabalho chegou trazendo novas prioridades: mais flexibilidade e um olhar para diversidade. Um estudo da Deloitte, que entrevistou 500 brasileiros nascidos entre 1995 e 2004, aponta que 31% dos participantes já rejeitaram algum tipo de emprego por acreditar que a empresa não corrobora com seus princípios éticos e crenças.

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Pensando no futuro, o presidente da Korn Ferry dá dicas para engajar as novas gerações. “Precisamos fortalecer a personalidade da Geração Z junto com a cultura da empresa e, ao mesmo tempo, preparar esse grupo na projeção de carreira”, diz.  “Buscar formas de desenvolver soft e hard skills, entender os anseios desses profissionais de maneira personalizada, os desafios que os cercam e encontrar mediações ao lado do RH para lidar com os obstáculos.”

Veja 3 coisas que a Geração Z quer que seus chefes saibam:



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