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sábado, 27 de julho de 2024

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Por que tem faltado água em bairros de Pedro Leopoldo, Capim Branco, Vespasiano e outras cidades da RMBH? Copasa explica

Por Dentro De Tudo:

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Bairros de pelo menos sete cidades na região metropolitana de Belo Horizonte registraram falta d’água nesta semana. A interrupção do serviço acontece em meio a uma onda de calor que atinge o país. Na segunda-feira (25), as temperaturas na capital mineira ultrapassaram os 38°C, o que foi considerado o dia mais quente da história da cidade.

Segundo a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), isso aconteceu devido ao aumento do consumo, obras e, até mesmo, pela falta de energia elétrica para bombear a água dos reservatórios até os bairros.

Até o momento, o desabastecimento afetou bairros das cidades de Igarapé, Esmeraldas, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Vespasiano, Mateus Leme e Capim Branco.

Aumento do Consumo

Ronaldo de Melo Serpa Júnior, superintendente da unidade de negócios metropolitana da Copasa, explica que o consumo aumentou durante a onda de calor. “O consumo aumentou de forma considerável. Em função desse aumento, a gente tem tido esses problemas de desabastecimento em algumas regiões da região metropolitana de Belo Horizonte”, afirma.

Segundo ele, a companhia está implementando algumas ações para tentar corrigir o problema. “A Copasa tem feito algumas manobras assim que ela identifica que está tendo problema em alguma região. A Copasa também tem aproveitado para pedir ajuda da população para ter um consumo consciente nesses dias de maior calor”, diz.

Falta de energia elétrica

De acordo com a Copasa, uma das razões para a fata de água é a queda de energia em algumas cidades da Grande BH. A falta de eletricidade faz com que a água retirada dos rios da região não consiga ser bombeada e chegar até as casas da população.

“A gente capta a água nos rios que geralmente são os pontos mais baixos da região. Essa água é distribuída por meio de sistemas de bombeamento que precisam de energia elétrica para funcionar. Então, quando a gente tem algum problema de falta de energia elétrica, automaticamente esses bombeamentos não funcionam e a gente não consegue distribuir a água”, explica Júnior.

Por que falta água nos bairros mais altos?

Moradores de bairros localizado nas partes mais altas da Grande BH relatam que estão há mais tempo sem água do que quem vive em regiões mais baixas. Segundo o superintendente da Copasa, isso acontece porque a água precisa ter pressão suficiente para chegar até os pontos mais altos das cidades.

“A distribuição de água é diferente da energia elétrica. A gente não consegue simplesmente ligar o sistema e essa água chegar em todos os locais de forma imediata. A água é distribuída por gravidade. Então, ela tende a ser fornecida primeiro para todos os locais que estão mais baixos. Primeiro vai chegar nas regiões mais baixas, todo mundo ali vai ser abastecido e depois ela tem energia para chegar na parte mais alta”, esclarece Júnior.

O especialista ainda comenta que a Copasa pede para a população se engajar no consumo consciente para que a água, mesmo depois de chegar, possa chegar mais rápido nos bairros altos. Assim o sistema é equilibrado de forma mais rápida, sem prejudicar os moradores dessas regiões.

Nível dos reservatórios da Grande BH

A região metropolitana de Belo Horizonte é abastecida por quatro reservatórios: Paraopeba, Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores. Em apenas um mês, o nível da água caiu consideravelmente em cada um deles, mas Júnior explica que é normal nesta época do ano.

“Nessa época do ano é normal porque é justamente quando a gente está utilizando mais os reservatórios. São as épocas que os rios estão com as vasões menores. Os mananciais aqui da região metropolitana estão dentro dos níveis normais esperados”, explicou o superintendente da Copasa.

Segundo a Copasa, entre 28 de agosto e 28 de setembro, o reservatório Paraopeba diminuiu 8,06%. Já os níveis do Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores caíram 8,67%, 5,41% e 12,92% respectivamente.

Mesmo com a queda rápida, Júnior garante que não há risco de crise hídrica. “A gente está com uma situação de certo conforto com relação a isso. Podemos assegurar que a gente não vai ter, em um curto período de tempo, nenhum problema desse tipo”, afirma.

Fonte: Itatiaia.

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