No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, em 25 de novembro, iniciou-se o movimento “BASTA: Juntos por Elas”, uma iniciativa da ABERJE Capítulo Minas Gerais, Santa Casa BH e do movimento Women in Mining (WIM Brasil). O movimento, que faz parte dos 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, encerra-se no Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro. Durante esse período, diversas ações buscaram sensibilizar a sociedade e fortalecer a rede de apoio a mulheres vítimas de violência, com ênfase no assédio no ambiente de trabalho.
Dados do Tribunal Superior do Trabalho indicam que, entre 2020 e 2023, mais de 400 mil casos de assédio moral e sexual foram registrados no ambiente laboral. O relatório “Women @ Work 2024” revela que muitas mulheres permanecem em silêncio, com medo de represálias e de prejudicar suas carreiras. Este cenário destaca a invisibilidade e a sutileza do assédio, além da falta de segurança institucional para denúncias.
Especialistas ressaltam que o assédio no trabalho vai além da esfera profissional, afetando emocionalmente as vítimas e prejudicando sua autoestima. Práticas abusivas, como críticas destrutivas, desqualificações constantes e insinuações sexuais, podem gerar graves consequências, como ansiedade, depressão e problemas psicossomáticos.
A orientação para quem enfrenta essa situação é registrar tudo: datas, horários, palavras ditas, e buscar testemunhas. Além disso, é importante que as organizações tratem essas denúncias com seriedade e promovam uma cultura organizacional ética e respeitosa.
A luta contra o assédio e pela equidade de gênero no mercado de trabalho é uma questão de justiça e humanidade. Conscientizar e combater esse tipo de violência é essencial para criar ambientes de trabalho que respeitem a dignidade de todos.
Fonte: Itatiaia, Foto: Divulgação