quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Pornografia infantil dobra na quarentena

Por Dentro De Tudo:

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No início do mês, um brasileiro foi preso por ser o responsável pela criação e manutenção de um dos maiores fóruns em língua portuguesa de pornografia infantil da deepweb. O crime, infelizmente, não é um ato isolado. O confinamento, devido ao isolamento social, fez aumentar em até 5.000% os crimes cibernéticos, entre eles a pornografia infantil.

Setembro também é o mês do Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças (23), que traz um alerta para o risco das crianças e adolescentes utilizarem a internet sem supervisão dos responsáveis.

Segundo dados coletados pela Safernet1, nos três primeiros meses da pandemia foram registradas 42.931 denúncias de pornografia infantil, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado (20.860).

É importante ressaltar que não só aumentou a oferta, mas também a procura por esses materiais. O aumento do nível de estresse pode ser um gatilho para os consumidores. Do outro lado, as crianças e adolescentes passaram a ficar conectadas por muito mais tempo, tanto para atividades escolares, como para o lazer. Isso aumenta o risco de serem acessadas por aliciadores em busca de fotos e vídeos das crianças para publicar da deepweb. Uma vez publicados, é muito difícil controlar para onde vai o conteúdo.

As redes sociais podem ser acessadas por qualquer pessoa, inclusive, pelos aliciadores que têm técnicas para se aproximar das crianças, ganhar a confiança delas e, então, começar a pedir fotos e vídeos em troca de algum “presente”. Algumas vezes, sem que a criança sequer entenda a conotação sexual do que está fazendo. Depois de conseguir as primeiras imagens, é comum que eles passem a se utilizar da chantagem para conseguir mais conteúdo.

Para proteger os pequenos desse tipo de crime, o primeiro passo sempre é criar um ambiente de confiança e manter o diálogo aberto, para que eles se sintam seguros de contar aos pais se alguma coisa acontecer. É fundamental que os responsáveis estejam sempre atentos ao que as crianças estão consumindo na internet e a qualquer mudança de comportamento que possa indicar que estão passando por algum problema.

Outra dica é ficar de olho em quais redes sociais eles acessam, que tipo de conteúdo postam e manter os perfis sempre privados. Existem também aplicativos em que o objetivo é conversar com estranhos. Esses devem ser evitados. É possível ativar em navegadores e celulares alguns dispositivos de segurança que podem bloquear conteúdos impróprios.

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