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Pré-diabetes; confira hábitos saudáveis para controlar a doença

Por Dentro De Tudo:

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O diabetes tipo 2, que é a forma mais diagnosticada no mundo, é perigoso e pode trazer complicações para o organismo, como cegueira, problemas renais e cardiovasculares.  

Grande parte das pessoas que desenvolvem a doença já passaram pela condição de pré- diabetes, que ocorre quando o indivíduo apresenta valores de glicose no sangue alterados, mas não suficientemente altos para caracterizar o diabetes. 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) em parceria com o laboratório Abbott, apenas 30% dos pacientes tinham informações sobre essa condição.

É importante ressaltar que 50% dos pacientes provavelmente irão desenvolver o diabetes, no entanto, quando a condição é diagnosticada previamente, há grandes chances de revertê-la ou retardar sua evolução. 

Segundo o clínico geral Paulo Camiz, o pré-diabetes não costuma provocar as complicações renais, visuais ou neurológicas que o diabetes em si pode trazer com o tempo. Entretanto, ocorre um risco maior no desenvolvimento de complicações cardiocirculatórias, como o infarto e o acidente vascular cerebral. 

“Além disso, proporciona, principalmente, um risco extremamente elevado de desenvolver o próprio diabetes”, avisa Camiz. 

Hoje, mais de 40 milhões de brasileiros se encontram nessa condição, mas a boa notícia é que é possível evitar a doença ou, pelo menos, retardar o seu avanço,  combatendo os fatores de risco. Ou seja: é preciso atenção redobrada aos hábitos de vida, como alimentação e prática de exercícios físicos. 

Mude seus hábitos 

Tanto para prevenir qualquer descontrole na glicemia quanto para sair da condição de pré-diabético, manter uma alimentação balanceada e adotar a prática de atividades físicas é fundamental. 

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), pessoas que adquirem novos hábitos no estilo de vida, como a atividade física regular, resultando em diminuição de 5% a 10% no peso corporal, ajudam a, no mínimo, retardar o aparecimento do diabetes. 

Portanto, a recomendação é: baixar o número na balança. “O principal fator que leva um indivíduo a esse estado é a obesidade, que faz com que a insulina atue de uma forma menos eficaz no transporte de glicose para o interior das células do corpo”, explica Camiz. 

Também é importante colocar o corpo para trabalhar. Manter uma rotina de exercícios físicos, além de auxiliar no controle da glicemia, beneficia o processo de emagrecimento, além de diminuir o risco para hipertensão e infarto. 

Níveis de glicose no sangue (em jejum) 

Saudável: menor que 100mg/dl

Pré-diabético: entre 100mg/dl e 125mg/dl

Diabético: 126mg/ dl ou mais.

Fatores de risco para o pré-diabetes

O diagnóstico do pré-diabetes é simples de ser realizado, basta um exame de sangue em jejum para medir a glicose. Porém esse estado de “instalação” da doença é muitas vezes totalmente silencioso.

Por não apresentar sintomas específicos e claros, qualquer um pode ser pré-diabético e não saber, podendo desenvolver o diabetes tipo 2 em até 10 anos. Mas alguns fatores e grupos de risco devem ser destacados para a prevenção da doença: 

*Pessoas com mais de 45 anos

*Pessoas acima do peso ideal

*Sedentários

*Pressão arterial e colesterol elevados

*Histórico de doenças vasculares e diabetes na família

*Mulheres que tiveram bebês com mais de 4 kg ou diabetes gestacional

*Mulheres com síndrome dos ovários policísticos.

O pré-diabetes é uma condição silenciosa, por isso, consultas médicas devem ser feitas periodicamente para checagem das taxas de colesterol e glicemia, além da pressão arterial. 

“Se houver obesidade, é importante fazer um exame de perfil hepático, para ver se há lesão no fígado pelo tecido gorduroso, que é uma causa de cirrose. Se houver hipertensão, exames de fundo de olho e de urina são necessários. A frequência deve ser orientada pelo médico”, diz o profissional.

Por outro lado, quem já se encontra no estado de pré-diabetes deve avaliar junto ao especialista os demais fatores de risco para os órgãos alvos do diabetes e da obesidade.

Segundo Paulo Camiz, os exames incluem: um perfil glicêmico (para ver se houve progressão do quadro de diabetes); perfil lipídico (outro importante fator de risco cárdio circulatório é o colesterol); perfil hepático (verificar se há lesão do fígado pelo tecido gorduroso); aferição da pressão arterial; exame de fundo de olho e exame de urina.

“A frequência de repetição de cada exame deve ser indicada pelo profissional que acompanha o paciente”, acrescenta o clínico geral. 

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