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Preços de sacolão disparam em BH após chuvas fortes; tendência é de mais aumento

Por Dentro De Tudo:

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Os preços de sacolão dispararam em Belo Horizonte nos últimos dias. É o que aponta um levantamento realizado entre os dias 12 e 14 de janeiro, pelo site Mercado Mineiro. A pesquisa indica o impacto das chuvas fortes na produção agrícola, que deve levar um tempo para se recuperar ainda.

De acordo com Feliciano Abreu, coordenador do site, plantações próximas de rios e córregos foram afetadas por transbordamentos com os temporais. “Muitas foram praticamente dizimadas. Além de consertar a irrigação, por exemplo, tem que plantar e produzir de novo. Vai demorar dois meses no mínimo. O que é preocupante”, avalia.

Feliciano explica que a pesquisa avaliou os prejuízos causados nas lavouras já são sentidos pelos donos de sacolão e pelo consumidor. “A quantidade de oferta está menor e a qualidade também está prejudicada”, ressalta.

Mais aumentos

Segundo o coordenador do site Mercado Mineiro, a tendência para o próximo período, enquanto a produção se recupera dos estragos, é de mais aumento nos preços. “A média de tempo [para normalização] que os produtores estão falando é de dois meses. Mas cada item de produção tem sua peculiaridade. Teve muita produção de feijão atingida, por exemplo. Tudo isso influencia”, detalha.

Para o consumidor, Feliciano avalia que não há outra saída, a não ser a constante pesquisa de preços. “Tem que ficar de olho nas ofertas dos supermercados e sacolões. Pelo menos a noção do preço médio tem que ter. E também entender que essa variação é uma fator momentâneo”, orienta.

Confira a lista de produtos e as variações:

O quilo da batata inglesa custando de R$1,98 até R$7,99, com uma variação de 303%. O quilo de quiabo custando de R$3,98 até R$24,80, uma diferença de 523%. O quilo de Tomate comum custando de R$2,98 até R$11,99, uma diferença de 302%. O quilo de Cenoura vermelha custando de R$2,98 até R$7,99, uma diferença de 168%. O quilo de chuchu custando de R$4,49 até R$9,99, uma diferença de 253%. O quilo de beterraba custando de R$2,48 até R$5,99, uma diferença de 141%. O quilo do Pimentão verde variando de R$,3,98 até R$9,99, uma variação de 151%. Nas frutas o Mamão Havaí está custando de R$2,98 até R$9,90, uma variação de 232%. A unidade do abacaxi custando de R$2,98 até R$9,99, com uma variação de 235%. O quilo da banana prata custando de R$3,99 até R$8,99, uma variação de 125%. O quilo da laranja pera custando de R$1,99 até R$4,98, uma diferença de 150%. O quilo do limão Thaiti custando de R$1,98 até R$5,99, uma diferença de 202%. O quilo da maçã custando de R$4,99 até R$9,90, uma diferença de 98%.

Estragos das chuvas

Os temporais que assolaram o estado mineiros deixaram muitos estragos, além da produção agrícola prejudicada. 24 pessoas morreram em acidentes causados pelas fortes chuvas e 341 municípios declararam estado de emergência. 3.992 pessoas ficaram desabrigadas durante o período chuvoso, tendo que, em algum momento, recorrer aos abrigos públicos.

O governador Romeu Zema (Novo) decretou a criação de um comitê para combate às consequências da chuva. Ele também decretou luto oficial de três dias no estado por conta das tragédias do fim de semana.

Na manhã de sábado (8), em Capitólio, no Sul de Minas, uma rocha gigante se desprendeu na Represa de Furnas atingindo lanchas que estavam no local. De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos 10 pessoas morreram na tragédia.

Também na mesma manhã, parte do sistema de drenagem da barragem da Mina Pau Branco da Vallourec transbordou em Nova Lima, na Grande BH. Devido ao alto volume de chuvas, um dique de contenção não suportou acabou transbordando.

No domingo (9), parte de um prédio desabou no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte, durante a manhã. Por precaução, a Defesa Civil orientou que todos os moradores deixassem o local, até que uma vistoria fosse feita.

Uma ponte pênsil cedeu parcialmente na cidade de Nova Era, região Central de Minas Gerais, ainda na tarde desse domingo. O nível do rio Piracicaba, que corta a cidade ao meio, acabou subindo e ultrapassando a “cota de alerta”.

Moradores de Congonhas, na região Central do estado, também precisam lidar com uma ameaça que se faz mais presente no período chuvoso: o risco de rompimento da barragem Casa de Pedra, da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

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