Depois dos atos terroristas contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou a intensificação da segurança nos prédios públicos de Minas, além das redações dos veículos de imprensa, por parte da Polícia Militar.
“Vamos garantir que a democracia prevaleça com respeito e liberdade, sempre na forma da lei”, publicou Zema nas redes sociais, nesta segunda-feira (9).
Nesse domingo (8), o governador repudiou a violência e a destruição do patrimônio público por parte de bolsonaristas radicais no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e no STF (Supremo Tribunal Federal).
“Em qualquer manifestação deve prevalecer o respeito. É inaceitável o vandalismo ocorrido hoje em Brasília. A liberdade de expressão não pode se misturar com depredação de órgãos públicos. No final, quem pagará seremos todos nós”, escreveu.
Ainda ontem, a ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) havia informado que reforçou a segurança no entorno do prédio, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, também devido aos atos terroristas em Brasília.
“Reiteramos que a democracia e a liberdade são símbolos de nosso Estado e qualquer concessão que estimule ações contrárias a esses valores não pode existir”, diz nota.
Terrorismo na Praça dos Três Poderes
Bolsonaristas radicais lideraram ontem uma escalada de violência e destruição do patrimônio público no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e no STF.
Imagens, amplamente divulgadas, mostram janelas, móveis e paredes dos prédios sendo depredados pelos extremistas. Os vídeos ainda flagraram policiais militares, que praticamente escoltaram os bolsonaristas ao local do crime, conversando com os golpistas e filmando passivamente enquanto uma multidão invadia os prédios.
Nesta madrugada (9), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou do cargo, por 90 dias, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha. A vice Celina Leão (PP) assumirá durante esse período.
Na decisão, Moraes cita descaso e omissão por parte do governador e do então secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, exonerado, na tarde de ontem, após a invasão golpista. Os dois também serão incluídos no inquérito que investiga atos antidemocráticos no Brasil (leia mais aqui).
Moraes determinou que a desocupação dos acampamentos em frente ao Quartel do Exército de Brasília e em “outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos”, deverá ocorrer em até 24 horas.
Ela fica a cargo das polícias militares dos estados e Distrito Federal, com apoio da Força Nacional e, se necessário, da Polícia Federal.
Os governadores serão intimados para garantir o cumprimento da decisão sob pena de responsabilidade pessoal.
Intervenção federal
No final da tarde desse domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na Segurança o DF diante da invasão de golpistas na Praça dos Três Poderes. O decreto presidencial vale de hoje até, pelo menos, 31 de janeiro de 2023.
O interventor nomeado é Ricardo Garcia, secretário-executivo do Ministério da Justiça.
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, na qual o presidente afirmou que todos os envolvidos nos atos criminosos em Brasília serão encontrados e punidos. Ele se referiu aos invasores como fascistas.
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