O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), vetou o aumento de seu próprio salário, que passaria de R$ 25 mil para R$ 38 mil. A decisão foi oficializada nesta sexta-feira (3), semanas após o prefeito ter criticado publicamente a aprovação do reajuste pela Câmara Municipal, alegando desconhecimento prévio da medida.
Com o veto assinado, o texto do Projeto de Lei 275/2024 retorna à Câmara para nova apreciação. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Braide pediu aos vereadores que respeitem sua decisão.
“Se esse aumento valesse, o meu salário seria o maior do Brasil, ao lado do prefeito de São Paulo. Por isso, estou encaminhando o veto e confio que os vereadores o manterão, reafirmando minha decisão de não aumentar o salário”, afirmou o prefeito.
Justificativas para o reajuste
O aumento foi aprovado no fim do ano passado sob a justificativa de que o salário do prefeito está vinculado aos vencimentos de algumas categorias, como auditores e controladores municipais, que estão há 10 anos sem reajuste. A Câmara ressaltou que a legislação permite ao prefeito devolver o excedente ao erário público, caso deseje.
Na época, Braide classificou o reajuste como “fora da realidade de São Luís” e reforçou que não havia solicitado o aumento. O desdobramento segue com a expectativa de um posicionamento final dos vereadores sobre a manutenção do veto.
