A possível instalação de 13 pedágios no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) gerou mobilização de prefeitos e forte reação dos usuários das rodovias. Das 13 prefeituras envolvidas na concessão estadual, pelo menos seis já se manifestaram sobre o projeto, com cinco delas sendo contrárias à implementação das tarifas.
Lagoa Santa e Pedro Leopoldo já possuem projetos de lei para barrar pedágios no perímetro urbano. O prefeito de Santana do Riacho, Fernando da Farmácia, critica a falta de diálogo com as prefeituras, enquanto a prefeita de São José da Lapa, Márcia Lopes, argumenta que a cobrança compromete a qualidade de vida da população. O prefeito de Jaboticatubas, Racly Andrade, destaca o impacto negativo no turismo da região.
Por outro lado, o prefeito de Capim Branco, Elvis Presley, apoia os pedágios devido à necessidade de melhorias nas rodovias, mas defende um debate sobre as tarifas. Já o prefeito de Matozinhos, Ítalo Borges, preferiu não se manifestar até o momento.
Reação popular e debate na ALMG
Usuários das rodovias expressam descontentamento, destacando os impactos financeiros e a falta de necessidade da cobrança. A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) começará a discutir uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode proibir a instalação dos pedágios na RMBH. A medida já conta com 33 assinaturas, ultrapassando o mínimo necessário para tramitação.
O governador Romeu Zema defendeu as concessões e criticou a PEC, argumentando que os investimentos privados melhoram a infraestrutura rodoviária. Especialistas apontam que a proposta pode enfrentar obstáculos legais, pois interfere em decisões do Executivo.
O debate continua, com prefeitos buscando diálogo com o governo estadual para reavaliar o projeto e a possibilidade de barrar os pedágios na região.
Fonte: O Tempo.Foto: Alex de Jesus / O TEMPO
