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Prefeitos defendem implantação da tarifa zero

Por Dentro De Tudo:

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Prefeitos presentes em audiência pública da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta sexta-feira (30/6/23), fizeram uma defesa veemente da implantação da tarifa zero no transporte público. Eles apontaram que a política traz grandes benefícios sociais e econômicos e garante o acesso da população às cidades.

O prefeito de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Lucas Coelho Ferreira, falou que a política pública implantada mudou a vida da população da cidade. “Parecia uma ideia utópica, mas deu certo”, falou.

Ele contou que foi preciso fazer um esforço para colocar a medida em prática, uma vez que a cidade não é rica. Contudo, o esforço valeu a pena.

“Vimos que pessoas que não trabalhavam em regiões diferentes de onde moravam começaram a trabalhar. A família começou a andar de ônibus pela cidade. Antes, uma mãe com dois filhos gastava no transporte cerca de R$ 30 para ir e voltar. Isso impactava nas suas finanças. Então muitas vezes não podia ir.” Lucas Ferreira, Prefeito de Caeté.

Ele ainda relatou que Caeté, com cerca de 45 mil habitantes, transportou 100 mil passageiros em junho. Lucas Ferreira chamou a medida de uma política social importante. “Tarifa zero não é gasto. É investimento. Muda até o comércio do município”, defendeu.

Lição

Já o prefeito de São Joaquim de Bicas (RMBH), Antônio Augusto Resende Maia, conhecido como Guto, explicou que a tarifa zero funciona na cidade desde 2021. Um encontro com um idoso de 80 anos, bem cedo, quando foi visitar obras da prefeitura no bairro Jardim Vila Rica, o fez se atentar para o grave problema de mobilidade urbana que o município enfrentava.

“Perguntei onde ele ia tão cedo. Ele respondeu que ia pagar uma conta em Igarapé. Aí eu questionei porque ele não ia ao centro de Bicas fazer isso. E a resposta foi que não tinha ônibus. Eu ofereci uma carona. E ele me perguntou como voltaria depois. Sabe o que eu fiz? Eu o levei a Igarapé.”

A partir disso, começou a se debruçar sobre a questão. “Mesmo uma prefeitura pobre, se for bem gerida, dá conta de custear isso”, afirmou.

Ele disse que os reflexos foram visíveis com melhoria de indicadores sociais e econômicos. De acordo com o prefeito, as pessoas passaram a ter mais acesso à saúde, lazer, comércio e educação. O centro da cidade, que tinha um comércio fraco, como contou, apresentou grande melhora e não há mais nenhuma loja vaga.

Fonte: ALMG. Foto: Sarah Torres

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