Policiais penais denunciam que a penitenciária Ariosvaldo do Campos Pires, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, se transformou em um ponto de disputa facções rivais. No último sábado (27), um homem teria sido morto no interior no presídio.
Os detentos teriam filmado e celebrado toda a ação. Nas imagens, que duram 42 segundos, é possível ouvir homens falando ao fundo “olha o que o comando faz com o PCC”.
Neste momento, outros homens zombam e manipulam o corpo da vítima — que aparentemente tem uma corda amarrada ao pescoço — e dizem em tom de ironia: “quer dizer alguma coisa em seu direto de defesa”. Na sequência, o corpo do homem é jogado no chão.
Rixa entre facções
De acordo com Jean Ottoni, presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (Sindpen-MG), a rixa entre as facções seria uma guerra interna entre os integrantes da organização paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e da facção carioca Comando Vermelho (CV).
“No mês passado, integrantes do PCC teriam atirado em um faccionado do Comando Vermelho nessa mesma cadeia. Essa ação, é a resposta. É um absurdo o que está acontecendo dentro do presídio de Juiz de Fora, detentos se matando. É importante destacar que o sistema prisional atual enfrenta um grave problema de falta de comando. A ausência de uma gestão eficaz e de liderança compromete ainda mais a segurança e a estabilidade nas unidades prisionais”, disse Ottoni.
Sejusp
Em nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública informou que as circunstâncias da morte do detento e da gravação do vídeo ainda estão sendo apuradas.
Confira a nota na íntegra
Informamos que policiais penais da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, localizada em Juiz de Fora, encontraram o detento Genilson Moreira de Souza, de 24 anos, já sem vida na cela de triagem de um dos pavilhões, na manhã do sábado (27). O detento estava com uma corda artesanal, conhecida como “tereza”, amarrada ao pescoço. As circunstâncias da morte ainda estão sendo apuradas.
O Samu foi acionado e esteve no local para os trâmites cabíveis. A unidade lavrou o boletim de ocorrência e abriu um procedimento interno para apurar administrativamente o ocorrido. A perícia da Polícia Civil também esteve no local e ficará responsável pelas investigações criminais. O corpo foi liberado para o IML e para os serviços funerários. As circunstâncias da gravação do vídeo também estão sendo apuradas.
Fonte: O Tempo.
