A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) anulou e reabriu o processo que inocentou um inspetor acusado de assédio sexual e moral contra seis mulheres em Minas Gerais. A decisão, divulgada nesta quinta-feira (18/7), ocorreu após reportagens do jornal O TEMPO denunciarem o caso e irregularidades na apuração anterior.
O inspetor, que trabalhava na Superintendência de Minas Gerais, será realocado e removido da unidade até a conclusão do novo processo. A nova comissão de investigação incluirá ao menos uma mulher.
As denúncias incluem assédios cometidos contra colegas de trabalho e uma adolescente de 16 anos. O inspetor teria feito avanços inapropriados e mantido um comportamento intimidador. A decisão de reabrir o caso traz esperança às vítimas, que buscam justiça e mudanças nas políticas de assédio dentro da PRF.
A defesa do inspetor alega que a reabertura do processo é ilegal e pretende contestar a decisão. O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em Minas Gerais ainda não se manifestou.
O caso ressalta a necessidade de maior rigor e transparência na apuração de denúncias de assédio dentro das instituições.
Foto: FLAVIO TAVARES / O TEMPO