A prisão temporária dos cantores de música gospel suspeitos de aplicar golpes em esquema de pirâmide financeira, em Minas Gerais, foi estendida por mais cinco dias. A informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta terça-feira (10).
Segundo a corporação, o pedido para ampliação do prazo foi encaminhado e deferido pelo Poder Judiciário. Dessa forma, a PCMG prossegue com a investigação. O casal, preso na última sexta-feira (6), em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está sendo investigado por associação criminosa, estelionato e crimes contra economia popular e sistema financeiro.
As primeiras denúncias começaram a ser registradas em maio de 2021. Segundo informou o delegado responsável pelo caso, Flávio Teymeny, nessa segunda-feira (9), um dos suspeitos chegou a informar em depoimento que a renda mensal da empresa chegava a R$ 150 mil.
O esquema de pirâmide financeira, proibido por lei no Brasil, consistia em oferecer investimentos escalonados que iniciavam com lucros de 100%, no prazo de 40 dias; 200% em 140 dias; e, passados 210 dias, poderiam chegar a 300%, de acordo com a promessa.
Ainda de acordo com o delegado, os dois suspeitos mantinham cerca de 12 grupos em um aplicativo de mensagens. Cada um deles tinha cerca de 250 participantes, o que indica que o prejuízo causado pela dupla “pode ser exorbitante”.
O inquérito que apura o caso reúne ocorrências de Lagoa Santa, Vespasiano, São José da Lapa e Pedro Leopoldo, todos da Grande BH.