Motoristas que trafegam diariamente pela MG-424 flagram constantemente animais soltos na pista. No primeiro semestre de 2021, ocorreram muitos acidentes envolvendo cavalos no trecho entre Pedro Leopoldo e Belo Horizonte. Até aí não há novidade alguma! Agora, o outro lado da 424, entre Matozinhos e Sete Lagoas, também sofre com o mesmo problema.
Há algumas semanas, condutores de veículos que seguem em direção a Sete Lagoas reclamam de animais às margens da rodovia. Por ser um trecho de pista simples (sem duplicação), o risco de acidentes é ainda maior.
“Quase todos os dias têm cavalos soltos. A pista é ruim, o tráfego é perigoso e, agora, tem mais essa”, informou Heberton, morador de Matozinhos que trabalha em Sete Lagoas
SEM DONO
O maior problema não é fiscalizar – apesar que isso pouco acontece – mas sim punir quem é responsável pelos animais. Em 99% das ocorrências registradas de acidentes os donos/responsáveis não são identificados. Em 10 anos de Jornal Por dentro de Tudo, em apenas um acidente o dono foi identificado e, por sinal, se responsabilizou prontamente pelos danos causados e providenciou a retirada da vaca que obstruía uma pista.
Outro ponto abordado é para onde estes animais serão levados, caso sejam retirados pela Polícia Rodoviária Estadual ou DER-MG.
Já ocorreu, há poucos meses, de cavalos serem retirados pela PRV e entregues para produtores rurais da região para serem cuidados e, assim, evitar acidentes e mortes.
PRESSÃO E NADA
E se o problema é antigo, a tentativa de solução também é, ou seja, “tem a mesma idade”. Já foram realizados inúmeros requerimentos e reuniões com o Governo Estadual para cobrar providências quanto aos fatos, mas, até agora, NADA RESOLVIDO!
“Enquanto isso presenciamos constantemente cenas tristes, envolvendo motoristas e os animais. É lamentável para ambos! Não podemos esquecer, que os bichos também sofrem e não têm culpa alguma de estarem ali. É preciso encontrar os donos e responsabilizá-los pelo simples fato de estarem soltos, não apenas quando a tragédia já ocorreu”, desabafou Heraldo Santos, morador de Prudente de Morais.