Um professor de ensino religioso foi demitido pela Secretaria Estadual de Educação (SEE), após supostamente mostrar o pênis e beijar um aluno dentro do banheiro da instituição. O crime teria acontecido no turno da tarde, na última quarta-feira (17 de julho), na Escola Estadual Dom Cabral, que fica no bairro Betânia, na região Oeste de Belo Horizonte.
O Jornal O TEMPO teve acesso ao relato do ocorrido, feito pelo estudante que não teve a idade divulgada. Ele conta que teria ido ao banheiro durante o segundo horário e, no caminho, cruzou com o professor. Quando saiu do box do banheiro após fazer suas necessidades, e foi lavar as mãos, o garoto teria se deparado com o homem no box ao lado, virado para ele com o pênis à mostra.
Ainda conforme o relato, assustado, o aluno tentou sair do cômodo, mas o professor de religião teria então o chamado, segurado na sua cintura e beijado o seu rosto.
O suspeito ainda teria pedido o número do telefone do garoto e sugerido que ele fosse até a sua casa. O caso foi descoberto depois do aluno voltar para a sala e começar a chorar, sendo questionado por colegas e funcionários da escola.
A Polícia Civil foi procurada por O TEMPO, mas, até a publicação da reportagem, não tinha divulgado qualquer informação acerca da apuração do caso. “Não foi possível localizar REDS (antigo boletim de ocorrência) sobre o fato citado na demanda”, disse a assessoria de imprensa da instituição policial.
Demissão
Procurada pela reportagem, a SEE informou que a direção da escola “tomou todas as providências cabíveis”, tendo dispensado o professor do cargo. “Não faz parte mais do quadro de servidores”, completou a pasta.
“A direção da unidade acionou os pais do estudante, que compareceram à escola para uma reunião. O caso também foi registrado no Conselho Tutelar e encaminhado à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A Superintendência Regional de Ensino Metropolitana B, responsável pela coordenação da instituição, seguirá acompanhando a escola de perto, dando o apoio necessário ao estudante, à família e à comunidade escolar”, completou.
Por fim, a secretaria disse repudiar qualquer ato de assédio, reforçando que as escolas e funcionários são orientados sobre a “postura adequada” entre professor, aluno e colegas de trabalho.
Fonte: O Tempo. Foto: REPRODUÇÃO/GOOGLE STREET VIEW