Servidores da rede estadual de educação aprovaram, nesta terça-feira (8), em assembleia geral, uma greve por tempo indeterminado. Em assembleia realizada em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelo governo estadual, de reajuste de 10,06% para a categoria, com pagamento retroativo a janeiro.
De acordo com a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), Denise Romano, os trabalhadores cobram o pagamento do piso nacional da categoria. No início de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou uma portaria que aumenta o piso salarial para os professores em 33,24%. Com isso, o valor em 2022 chega a R$ 3.845,63 para uma jornada de 40 horas de trabalho.
Os professores da rede estadual também se posicionaram de forma contrária ao projeto de lei que autoriza o Governo do Estado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A proposta está na pauta do Legislativo e o governador Romeu Zema (Novo) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a Assembleia a colocar o projeto em votação.
“Somos contrários ao Regime de Recuperação Fiscal pois retira da população a contraprestação do serviço público e coloca servidores em situação de destruição por um período de nove anos. O RRF é uma destruição do Estado de Minas Gerais”, disse Denise.
Fonte: Itatiaia.