Postagens nas redes sociais e pronunciamentos públicos têm ampliado a visibilidade da crítica situação enfrentada pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) em Minas Gerais. A mobilização dos trabalhadores, que pode culminar em greve, expõe os desafios enfrentados por socorristas, condutores e equipes de regulação, que denunciam baixos salários, estrutura precária e falta de reconhecimento.
Durante sessão na Câmara dos Deputados, o deputado Pedro Aihara, que também é bombeiro militar, usou a tribuna para defender a categoria. Segundo ele, os profissionais estão à beira de uma greve não por luxo, mas por dignidade, ressaltando o papel essencial desses servidores na linha de frente das emergências.
As redes sociais também têm sido espaço de manifestações. Um profissional identificado como “cadubarbosa” reforçou o apelo por reconhecimento e melhores condições de trabalho: “Nosso trabalho é de extrema importância. Pedimos que tenham por nós empenho e valorização como profissionais da saúde.”
Reportagem publicada pelo jornal O Tempo em 16 de julho detalha que servidores estão usando tarjas pretas nos braços como forma de protesto. A insatisfação se intensifica diante da denúncia de consórcios intermunicipais sobre a defasagem de R$ 28 milhões anuais nos repasses federais, com negociações ainda travadas entre as esferas estadual e federal.
O salário médio de um condutor socorrista gira em torno de R$ 1.800, valor considerado incompatível com a exigência da função. Os servidores também pedem a retomada do Projeto de Lei 3.104/2020, que propõe enquadrá-los como profissionais de saúde em condição de risco.
Em nota, o governo de Minas afirma que cumpre os repasses conforme a Portaria de Consolidação nº 3/2012 e, inclusive, vai além da obrigação legal, cobrindo pelo menos 50% dos custos informados pelos consórcios.
Já o Ministério da Saúde defende que houve ampliação dos recursos em 42% para o SAMU 192 de Minas entre 2022 e 2023, após uma década sem reajustes no custeio.
A situação permanece em alerta, e os profissionais aguardam avanços concretos nas negociações.
Fonte: O Tempo / DeFato Online
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