Projeto do Aeroporto Industrial será relançado pela BH Airport

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A BH Airport vai relançar o Aeroporto Industrial, localizado em Confins (RMBH), único do tipo no Brasil. Visto como estratégico pela concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, o local vai receber novos galpões. Um fundo de real estate vai investir R$ 350 milhões na iniciativa, que visa aumentar a atratividade do espaço alfandegado.

A informação é do CEO da BH Airport, Kleber Meira. Segundo ele, ao todo serão 122 mil metros quadrados de novas estruturas, dos quais 70 mil metros quadrados estarão dentro do Aeroporto Industrial.

O novo projeto será lançado na próxima terça-feira (13) na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) – que terá uma participação equivalente ao que se chama no mercado corporativo de “naming rights do empreendimento” em uma parceria inédita. Invest Minas e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) também integram a estratégia.

“O fundo de real estate vai fazer o investimento na construção dos galpões para aluguel. O governo, por meio da Invest Minas, por sua vez, ajuda na captação das empresas e o BDMG financia quem for se instalar lá”, detalha uma fonte de uma das instituições.

Meira explica que, ao longo do último ano, a BH Airport se dedicou, em uma parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), a criar uma nova estratégia para o complexo aeroportuário, o que incluiu uma nova roupagem para o Aeroporto Industrial.

“Para atrair uma indústria você precisa de benefícios do governo, que também direciona as áreas de interesse. Trazer o governo para próximo é importante. Da mesma forma que uma fonte de financiamento e de crédito também é primordial. Por isso, a gente desenhou um novo produto. E a proposta agora é oferecer uma área pronta para possíveis investidores, ao mesmo tempo que também ofertar serviços do Sistema S para capacitação”, diz.

Quando foi inaugurado em julho de 2020, a expectativa era que o empreendimento atraísse R$ 3,5 bilhões de investimentos e gerar 40 mil empregos entre diretos e indiretos nos próximos anos. No entanto, desde então, abriga apenas uma empresa: a Clamper Indústria e Comércio S/A.

Novas empresas no Aeroporto Industrial

E, embora não fale em novas projeções, a intenção da concessionária é aumentar a presença na área alfandegada. Conforme o executivo, três ou quatro empresas deverão se instalar no Aeroporto Industrial até o ano que vem.

“Oferecendo uma infraestrutura mínima, já eliminamos uma barreira para a atração de empresas. Da mesma forma que com as instâncias atuando numa mesma linguagem e convergindo em esforços para a divulgação do portfólio do Aeroporto Industrial, temos um alcance maior de um produto mais robusto no momento em que o mundo está saindo de uma crise”, avalia.

Na prática, no Aeroporto Industrial, insumos importados para a produção de bens de alto valor agregado contam com isenção de impostos, o que também vale para a comercialização no exterior. A rapidez aduaneira é outro benefício do empreendimento.

Meira ressalta que o Aeroporto Industrial de Confins já é o primeiro e único no Brasil a operar com porto concentrador DTA (rota marítima) e, apenas neste ano, somou números como: US$ 2,15 bilhão em importações, 3.141 metros cúbicos de infraestrutura em câmara fria e 51 mil toneladas de cargas.

Fonte: Diário do Comércio.

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