Um novo projeto de lei apresentado nesta terça-feira (15) nos Estados Unidos propõe a regularização de estrangeiros que vivem no país há mais de cinco anos, desde que não tenham antecedentes criminais. A medida cria um programa com regras específicas, permitindo que essas pessoas tenham autorização para trabalhar, viajar e evitem a deportação — mas sem acesso à cidadania.
De acordo com o texto, os imigrantes deverão ter entrado no país antes de 31 de dezembro de 2020. Para aderir ao programa, será necessário pagar cerca de US$ 7 mil ao longo de sete anos, além de cumprir requisitos como entrevistas periódicas com autoridades e comprovar atividade laboral ou educacional durante ao menos quatro anos desse período.
O “status dignidade” poderá ser renovado indefinidamente a cada sete anos, mas não abrirá caminho para a naturalização. A proposta também estabelece que os participantes não terão acesso a benefícios federais.
Uma exceção prevista no projeto diz respeito aos chamados “dreamers” — imigrantes que chegaram ao país ainda na infância —, que poderão solicitar a cidadania e o status legal. A medida ainda propõe reforçar a segurança na fronteira com o México.
A proposta surge em meio a ações de intensificação nas deportações e em um cenário de impasse sobre a política migratória no Congresso americano. A última grande reforma do tipo ocorreu em 1986. Desde então, diferentes tentativas de atualização das leis falharam por falta de consenso entre os parlamentares.
📸 Foto: REUTERS/Jose Luis Gonzalez
📄 Fonte: G1 / REUTERS
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