Na sociedade contemporânea, as pessoas adaptam a um estilo de vida no qual precisa “dar conta” em todos os aspectos: trabalho, família, escola, além de conviver com a violência e a impotência da degradação do ser humano. Este estilo de vida que conduz a uma qualidade de vida reduzida, também ocasiona uma ansiedade, que é uma reação emocional natural que ocorre quando nos sentimos vulneráveis e na expectativa de um perigo.
De acordo com Menezes (2005), quando a ansiedade é muito intensa e repentina conceitua-se essa resposta emocional como Síndrome do Pânico. A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não tenha motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente. Ressalta-se que todos os seres humanos estão sujeitos a ter uma eventual crise de pânico em razão quando as emoções ficam sem controle ou quando ocorre situações que levam o indivíduo a um estado extremo de vulnerabilidade e desamparo que desencadeia um sofrimento de ordem psíquica. Segundo este autor, a pessoa acometida por essa psicopatologia tem uma percepção de uma situação de perigo insuportável.
De acordo com Simpson (1994), os pacientes com síndrome do pânico, antes de obterem o diagnóstico procuram nas unidades hospitalares uma causa orgânica para seus sintomas. Devido ao sofrimento psíquico, esses pacientes têm as maiores taxas de utilização dos serviços de saúde, procedimentos e exames laboratoriais. O tempo das crises de pânico geralmente são de 10 a 20 minutos, os sintomas são:
- Sensação de perigo iminente;
- Medo de perder o controle;
- Medo da morte ou de uma tragédia iminente;
- Palpitações, ritmo cardíaco acelerado, taquicardia;
- Sudorese;
- Tremores;
- Náuseas;
- Dores abdominais;
- Dores no peito;
- Falta de ar e “apertos” na garganta e no peito;
- Preocupações obsessivas e pensamentos indesejados.
É importante enfatizar que uma complicação frequente é o medo do medo, ou seja, o medo de ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser tão grande que a pessoa, muitas vezes, evitará ao máximo situações em que essas crises poderão ocorrer novamente. Segundo Roth (2004), as causas da síndrome do pânico não são precisas, há um conjunto de fatores que pode desencadear o desenvolvimento do transtorno tais como: a genética e o estresse. Este autor relata que: situações de estresse extremo, morte ou adoecimento de uma pessoa próxima, mudanças radicais ocorridas na vida, histórico de abuso sexual durante a infância, e ter passado por alguma experiência traumática como um acidente, são considerados fatores de risco que podem desencadear a Síndrome do Pânico.
O diagnóstico da síndrome do pânico é realizado através de uma avaliação clínica: exames laboratoriais, eletrocardiograma e uma avaliação psiquiátrica para que o diagnóstico seja finalizado.
O profissional da psicologia é de grande valia no tratamento da síndrome do pânico, pois a psicoterapia colabora para que o paciente entenda os ataques de pânico, e como lidar com eles no momento que acontecerem e como ter uma vida normal sem medo de ter um novo ataque.
Para que o tratamento da síndrome do pânico tenha maior eficácia, seja justo e perfeito, sempre oriento os meus pacientes:
- Seguir rigorosamente o tratamento psicológico e psiquiátrico;
- Fazer parte de um grupo de apoio, e compartilhar suas experiências sobre a síndrome do pânico;
- Evitar o consumo intenso de bebidas alcoólicas;
- Praticar exercícios de relaxamento tais como: alongamento, yoga, respiração;
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Dormir cedo e descansar.
Agendamento: (31) 996087200
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