A etimologia da palavra depressão, do francês dépression, originária do latim depressione é definida no século XVIII como abaixamento. Tendo o significado semântico de abatimento físico ou moral que evidencia as dimensões física e subjetiva. Tendo este significado oriundo da Psiquiatria que classifica a depressão como um transtorno mental caracterizado por desânimo, sensação de cansaço, muitas vezes ansiedade, e o abatimento físico e subjetivo.
Os sintomas mais comuns nos episódios depressivos são: concentração e atenção reduzidas, autoestima e autoconfiança reduzidas, ideias de culpa e inutilidade, perspectivas desoladas e pessimistas do futuro, ideias ou atos prejudiciais a si mesmo, e podendo chegar ao suicídio, alterações do sono e no apetite, perda de interesse e prazer, energia reduzida ocasionando uma fadiga e redução das atividades diárias.
É importante ressaltar que os sentimentos de tristeza e alegria são constitutivos da vida psíquica normal. A tristeza constitui-se na resposta humana universal às situações de perda, e outras adversidades. As reações de luto que se estabelecem advindas à perda de entes queridos caracteriza-se pelo sentimento de profunda tristeza. As reações de luto normal podem prevalecer até por um ou dois anos. No luto normal a pessoa preserva certos interesses e reage positivamente ao ambiente quando devidamente estimulada.
A depressão pode emergir nos mais variados quadros clínicos: transtorno de estresse pós traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas. O episódio depressivo pode surgir como resposta a situações estressantes, ou circunstâncias sociais e econômicas adversas.
Para o diagnóstico de episódios depressivos é usualmente observado duração de pelo menos duas semanas, mas períodos mais curtos podem ser considerados se os sintomas são graves e de início rápido tais como perda de interesse ou prazer em atividades que normalmente eram agradáveis. No diagnóstico da depressão considera os seguintes sintomas:
Sintomas psíquicos: humor depressivo (sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa). Fadiga, mesmo sem esforço físico. Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou de tomar decisões.
Sintomas fisiológicos: alterações do sono ( insônia ou sonolência), alterações do apetite(perda ou aumento), redução do interesse sexual.
Evidências comportamentais: retraimento social, crises de choro, comportamentos suicidas.
Segundo o psicanalista Freud, a felicidade é um fenômeno efêmero, que existe uma limitação humana na capacidade de senti-la, pois há possibilidades de desprazer que ameaçam o homem: o corpo que apresenta o envelhecimento; o mundo externo representado pelas guerras, e a luta pela sobrevivência; e as decepções decorrentes das relações com outros seres humanos. Portanto a procura pela felicidade passou a ser evitar o sofrimento, e em segundo plano a vivência de experiências prazerosas.
Freud deu uma contribuição imensurável no entendimento dos transtornos mentais nos seguintes aspectos: o comportamento, a relação que o sujeito empreende com a realidade; a formação de sintomas sendo um modo de comunicação, incluindo o conceito de inconsciente; a etiologia que valoriza a escuta da história do paciente e a importância do material emergente no curso da psicoterapia.
O tratamento deve ser realizado COM o paciente e não PARA o paciente. Informando ao paciente informações precisas em relação a depressão, bem como às opções terapêuticas. A depressão é tratada tendo o indivíduo no seu contexto social e cultural. Os problemas psicológicos são apresentados pela presença de sintomas, frequentemente traduzidos em termos de sentimentos e pensamentos.
As pessoas que desenvolvem interpretações de como lidar e tentar modificar positivamente o presente podem superar traumas mais facilmente. A maioria das abordagens psicoterápicas articula percepção, memória e sistemas de crenças dos indivíduos no processo terapêutico. Com a psicoterapia obtém efeitos sobre o humor: fomentando a melhoria do ânimo e da vontade de viver.
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