Uma organização criminosa utilizou credenciais verdadeiras de magistrados para acessar de forma irregular o sistema do Judiciário e emitir ordens de soltura fraudulentas, permitindo que quatro detentos deixassem uma unidade prisional em Belo Horizonte pela porta da frente no último fim de semana.
Segundo as investigações, o grupo conseguiu simular decisões judiciais, alterar informações sensíveis de processos e inserir alvarás falsos no sistema nacional de mandados. A liberação ocorreu após essas ordens serem processadas automaticamente pelos órgãos responsáveis pelo sistema prisional.
Até a noite desta terça-feira, um dos detentos já havia sido recapturado, enquanto outros três permaneciam foragidos. As forças de segurança seguem em diligências para localizá-los.
O Conselho Nacional de Justiça informou que não houve invasão estrutural nem falha sistêmica, mas sim uso criminoso de logins e senhas legítimos, e que todas as decisões falsas foram identificadas e canceladas em menos de 24 horas. O Tribunal de Justiça estadual confirmou que os alvarás foram anulados e que os mandados de prisão foram restabelecidos.
Após o episódio, o governo de Minas Gerais anunciou que as próximas ordens de soltura passarão por verificação adicional antes do cumprimento. O caso segue sob investigação pelos órgãos de segurança e pelo Judiciário.
Fonte: g1 Minas
Foto: Divulgação / Sejusp-MG














