A cantora, apresentadora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20/7), aos 50 anos, em decorrência de complicações do câncer colorretal — também chamado de câncer de cólon. Filha do cantor Gilberto Gil e da empresária Sandra Gadelha, ela estava nos Estados Unidos desde maio deste ano, onde realizava tratamentos experimentais.
Preta recebeu o diagnóstico em janeiro de 2023, após a detecção de um tumor do tipo adenocarcinoma. Em agosto do mesmo ano, ela revelou que a doença havia se espalhado para outros quatro pontos do corpo. Ela deixa o filho Francisco Gil e a neta Sol de Maria.
O câncer colorretal é o terceiro tipo que mais mata no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), com mais de 40 mil novos casos estimados por ano. A doença atinge homens e mulheres, em geral a partir dos 45 anos, sendo mais comum entre 60 e 70 anos de idade.
Sintomas e fatores de risco
Segundo especialistas, o câncer de intestino pode evoluir de forma silenciosa. Por isso, exames como a colonoscopia são essenciais para detecção precoce. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Alterações nos hábitos intestinais;
- Sangue nas fezes;
- Sensação de evacuação incompleta;
- Cólica, dor abdominal, fadiga e perda de peso sem causa aparente.
Os principais fatores de risco incluem alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool, obesidade, histórico familiar e doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico envolve a análise do histórico clínico, exames físicos, exames de imagem e, principalmente, a colonoscopia. Outros exames, como tomografias, marcadores tumorais e PET-Scan, podem ser utilizados para avaliação da extensão da doença.
O tratamento varia conforme o estágio da doença, mas normalmente começa com cirurgia para retirada do tumor. Em casos mais avançados, pode ser necessário associar quimioterapia e radioterapia.
Prevenção salva vidas
Apesar do avanço nos métodos de rastreio e tratamento, o tabu em torno do câncer colorretal ainda impede muitos brasileiros de buscar atendimento precoce. Especialistas alertam para a importância de exames preventivos, principalmente a partir dos 45 anos, mesmo na ausência de sintomas.
O caso de Preta Gil serve de alerta para a importância da informação, da atenção aos sinais do corpo e da quebra do estigma em torno do câncer. Ela chegou a declarar, em vida, que lamentava ter ignorado os primeiros sintomas, que confundiu com estresse e cansaço.
📄 Fonte: G1