Quanto vai subir o custo da saúde privada no Brasil neste e nos próximos 3 anos? Projeção é alarmante

Por Dentro De Tudo:

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Os custos da saúde privada no Brasil devem continuar subindo acima da inflação nos próximos anos. Um levantamento internacional aponta que consultas, exames, medicamentos, internações e planos de saúde devem encerrar 2025 com reajustes superiores a 10%, cenário que deve se repetir até pelo menos 2028.

Os dados fazem parte do estudo Global Medical Trends, da corretora internacional Willis Towers Watson (WTW). A pesquisa indica que a inflação médica no Brasil deve fechar 2025 em 11,1% e atingir cerca de 11% em 2026, enquanto a inflação geral do país deve ficar em torno de 4,5%. Na América Latina, a projeção média para 2026 é ainda maior: 11,9%.

Entre os principais fatores que explicam a escalada dos preços estão a alta do dólar, que encarece insumos hospitalares e medicamentos, o uso excessivo de exames, o desperdício no sistema e a incorporação de novas tecnologias, que se somam aos custos já existentes. Procedimentos como cirurgias robóticas e medicamentos de alto custo, especialmente para tratamento de câncer, têm forte impacto no orçamento da saúde suplementar.

O estudo também aponta que a fragilidade do sistema público de saúde aumenta a pressão sobre a rede privada, elevando a demanda por planos e serviços. Segundo a pesquisa, os itens que mais devem pesar no aumento dos custos em 2026 são gastos com medicamentos, consultas médicas, internações hospitalares e atendimentos ambulatoriais.

Entre as doenças que mais impactam os custos da saúde privada nas Américas, o câncer lidera a lista, seguido por doenças cardiovasculares, diabetes e transtornos de saúde mental e comportamental. O levantamento também aponta crescimento preocupante da incidência de câncer em pessoas com menos de 40 anos.

Especialistas destacam que, apesar da alta contínua, seguradoras e empresas têm buscado estratégias para administrar os gastos, como coparticipações, limites de serviços e investimentos graduais em inteligência artificial, que ainda é pouco utilizada no setor, mas pode ajudar a reduzir custos no longo prazo.

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Fonte da matéria: O Globo

Fonte da imagem: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo

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