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Quatro em cada dez desistem dos aplicativos por conta da alta dos combustíveis

Por Dentro De Tudo:

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Pelo menos 40% dos motoristas em aplicativos cadastrados em Minas Gerais só neste ano, vão desistir da profissão, segundo o Sindicato dos Condutores de Veículos que Utilizam Aplicativos no Estado (Sicovapp). De acordo com a presidente da entidade, Simone Almeida, muitos motoristas estão deixando a profissão por causa das altas nos combustíveis. Só neste ano, a gasolina já sofreu nove aumentos e o valor atual já chega a R$ 6,10 na maioria dos postos da capital. O etanol também sofreu reajuste e pode ser encontrado por quase R$ 4,57 o litro. Em janeiro, o preço médio da gasolina, em Belo Horizonte, era de R$ 4,64 e do etanol R$ 3,21. 

“Nem carro a gás compensa, eu pagava R$ 2 ano passado e agora já pago R$ 4,30. Muitas pessoas perdiam o emprego e iam buscar o sustento da família no aplicativo, agora nem isso consegue ser opção. Temos pais de famílias trabalhando 18 horas para ter o que comer em casa. Enquanto isso, as empresas não aumentam o valor da corrida e mantêm a mesma taxa, como se nada estivesse acontecendo”, indaga Simone. 

De acordo com o sindicato que representa a categoria, do gasto diário de um motorista, a gasolina representa até 50% dos custos. Enquanto, a taxa paga aos aplicativos gira em torno de 25%, para boa parte dos condutores, há ainda o pagamento de parcelas do veículo ou locação.

Gasolina pode chegar até R$ 7 o litro

Para quem precisa do carro, o economista Feliciano Abreu, diretor do site de pesquisa Mercado Mineiro, não tem boas notícias. “Não tem para onde correr, porque a tendência é chegar a R$ 7 até o fim do ano a gasolina, a perspectiva é de altas por conta do dólar e do barril do petróleo. O Etanol não é mais opção viável também, a produtividade não foi boa e o produtor está preferindo vender açúcar, e o gás como não tem concorrência, acaba ficando tabelado também”, explica o economista, que dá a única dica possível.

“Se puder, ande menos de carro, reduzir o consumo. A história é consumir menos e deixar sobrar mais nos postos para o preço cair”, citando o exemplo do começo da pandemia, quando a gasolina chegou a ficar quase 9% mais barata devido a não demanda. Na época, o etanol também caiu 12,81%.

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