Milhões de trabalhadores no Brasil têm valores esquecidos no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), sem sequer saberem disso. Estima-se que cerca de R$ 50 bilhões estejam disponíveis para saque, segundo levantamento recente. Esse dinheiro pode pertencer a pessoas que, em algum momento, tiveram vínculo empregatício formal, mas não acompanharam os depósitos realizados pelas empresas ou perderam acesso às contas vinculadas ao fundo.
Criado em 1967, o FGTS é um direito de quem trabalha sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e funciona como uma poupança obrigatória, destinada a proteger o trabalhador em situações como demissão sem justa causa. Mesmo assim, muitos desconhecem os valores acumulados ao longo dos anos.
A consulta ao saldo pode ser feita de forma prática pelo aplicativo FGTS, disponível para Android e iOS, ou pelo site da Caixa Econômica Federal. Também é possível comparecer a uma agência da Caixa com documentos pessoais. Em muitos casos, os valores esquecidos estão vinculados a antigos empregos e contas inativas. Mudanças de endereço, falta de acesso à internet e o desconhecimento sobre o próprio direito contribuem para esse cenário.
O dinheiro do FGTS pode ser sacado em diversas situações, como demissão sem justa causa, aposentadoria, doenças graves, compra ou financiamento de imóvel, entre outras. Existem também modalidades específicas, como o Saque-Aniversário, que permite resgates anuais de parte do saldo.
Diante do valor elevado disponível e da utilidade desses recursos, é essencial que os trabalhadores façam a verificação e, se houver saldo disponível, providenciem o saque. O FGTS pode representar um importante alívio financeiro em momentos de necessidade.