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Racismo cosmético: Um desafio persistente no Mercado de Beleza Brasileiro

Por Dentro De Tudo:

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Nos últimos anos, o debate sobre racismo cosmético ganhou força nas redes sociais, destacando a falta de produtos adequados para pessoas de pele retinta no mercado de cosméticos. Este problema, que afeta tanto a maquiagem quanto outros produtos de beleza, é definido quando a indústria não oferece produtos que atendam às necessidades específicas dos consumidores de pele escura.

Histórico e Conceito

O termo “racismo cosmético” foi criado pelo jornalista e maquiador Tássio Santos. Ele descreve a falta de opções de produtos para pessoas de pele negra, um reflexo de um mercado ainda moldado por preconceitos históricos. A maquiadora Nati Barbosa e a artista Jéssica Barreto relatam dificuldades semelhantes, tendo enfrentado problemas com produtos que deixavam suas peles acinzentadas.

Esforços e Desafios na Indústria

Nos últimos anos, algumas marcas têm feito esforços para corrigir essa desigualdade. A Avon, por exemplo, expandiu sua cartela de maquiagem em 2020 para incluir 20 tons diferentes após um estudo detalhado sobre a população negra e parda no Brasil. Bruna Tavares, uma marca de maquiagem, oferece 30 tonalidades de base, e a Natura lançou uma nova cartela de cores com 24 tons em 2022.

Impacto e Importância

Apesar dos avanços, a representatividade ainda é insuficiente. A professora Elisângela Furtado e a psicóloga Pietra Alves alertam que a falta de produtos adequados pode afetar significativamente a autoestima das pessoas negras. Produtos inadequados podem reforçar a desigualdade e impactar a autoimagem e o bem-estar.

Perspectivas Futuras

A diretora de marketing da Natura, Denise Coutinho, ressalta que a maquiagem deve ser um vetor de empoderamento e autoexpressão, e as marcas precisam oferecer a melhor experiência possível a todos os seus clientes. A inclusão e a representatividade no mercado de beleza são essenciais em um país tão diverso como o Brasil.

Embora tenha havido progressos na diversidade de produtos cosméticos, ainda há um longo caminho a percorrer para combater o racismo cosmético e garantir que todos tenham acesso a produtos que atendam às suas necessidades específicas. A conscientização e os esforços contínuos da indústria são fundamentais para promover uma transformação social positiva e inclusiva.

Foto: Fred Magno/O Tempo

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