Radares cobertos no Anel Rodoviário de BH e placas com velocidades diferentes confundem motoristas

Por Dentro De Tudo:

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A instalação de novos radares no Anel Rodoviário de Belo Horizonte tem gerado dúvidas e insegurança entre motoristas e motociclistas. Na marginal da via, no bairro Engenheiro Nogueira, placas indicam limites de velocidade diferentes: enquanto uma sinalização antiga mostra 40 km/h, uma nova aponta 50 km/h. Além disso, parte dos equipamentos está envolta por sacos plásticos, o que aumenta a incerteza sobre a fiscalização.

Desde junho, a administração do Anel Rodoviário, considerado o trecho estadual mais perigoso em 2025, passou a ser de responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte. O município anunciou a instalação de radares em aproximadamente 40 pontos nos dois sentidos da via, com a promessa de reduzir o número de acidentes. No entanto, os novos equipamentos ainda não estão em funcionamento, e até o momento a prefeitura não divulgou os locais exatos nem a data em que começarão a operar.

O servidor público Rosimar Soares relata a confusão vivida diariamente pelos condutores: “Tem alguns nas marginais que não estão com plástico preto, tem outros que estão. A gente não sabe se obedece à placa próxima ao radar ou outra que está poucos metros depois.”

Em outros trechos, novos dispositivos também foram instalados. No bairro Califórnia, o limite de velocidade definido foi de 60 km/h. Já no bairro Olhos D’Água, sentido Vitória, um radar foi colocado no mesmo local de um aparelho antigo, desativado no ano passado após o término do contrato com a empresa responsável.

Segundo o Observatório de Segurança Pública, entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados 3.039 acidentes no Anel Rodoviário, uma média de quase 13 ocorrências por dia. Mais de 580 pessoas ficaram feridas e 15 morreram.

Para o empresário Bruno da Cruz, a fiscalização eletrônica é essencial para reduzir o número de ocorrências. “Tem que reforçar por causa dos acidentes, mas avisar o pessoal que tem radar e qual é a velocidade permitida. Menos acidente e mais segurança”, afirmou. Já o industrial Ronaldo Costa Sampaio pondera que apenas radares não resolvem o problema. “Radar tem efeito educativo e arrecadatório, mas em alguns pontos seria melhor fazer obras, tirar estrangulamentos e resolver outros problemas. Melhorar o Anel de forma geral para que seja seguro em todos os aspectos”, disse.

Foto: Reprodução/TV Globo

Fonte: TV Globo – Belo Horizonte

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