Rodando pelas ruas das cidades, os sons dos motores e o vai e vem acelerado das motocicletas compõem o cenário diário do trânsito brasileiro. Por trás de cada capacete, há histórias de esforço e resistência. São entregadores, mototaxistas e motoboys que enfrentam longas jornadas para garantir o sustento.
No Brasil, já são mais de 34 milhões de motocicletas em circulação — um número dez vezes maior do que o de carros de passeio. Segundo dados da FGV Transportes, mais da metade dessas motos é utilizada como ferramenta de trabalho, movimentando uma cadeia econômica robusta e com forte impacto no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Para quem depende da moto como fonte de renda, a rotina é marcada por esforço constante e retorno financeiro limitado. Em média, são necessárias cerca de 10 horas rodando para atingir uma meta de R$ 100, o que se traduz em jornadas pesadas e poucos lucros após os custos com combustível, manutenção e alimentação.
A situação é ainda mais delicada quando há acidentes — frequentes nesse tipo de atividade. Um simples tombo pode interromper o sustento de famílias inteiras. Além do risco para a própria vida, os motociclistas também se preocupam com a segurança de quem transportam ou com quem dividem o trânsito.
Mesmo diante de tantos desafios, muitos continuam firmes na luta. Encaram a rotina diária sobre duas rodas com coragem, apesar dos perigos e da constante pressão financeira. A moto, para milhões de brasileiros, é mais do que um meio de transporte — é o sustento.
Foto: Reprodução/TV Globo
Fonte: Fantástico, FGV Transportes
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