As Redes Sociais perderam espaço na confiança popular e agora figuram entre as instituições menos confiáveis do Brasil. Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Genial/Quaest revela que 57% dos brasileiros afirmam não confiar nas plataformas digitais, enquanto apenas 41% expressam confiança. Esse índice coloca as redes sociais em penúltimo lugar entre as 13 instituições avaliadas, superando apenas os partidos políticos, que apresentam uma taxa de desconfiança de 63%.
Um dado relevante do levantamento é que a desconfiança nas redes sociais é um sentimento compartilhado por eleitores de diferentes espectros políticos. Entre os que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições de 2022, 56% não confiam nas redes sociais. Um percentual idêntico é encontrado entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, indicando que a polarização política não se reflete nas percepções sobre as plataformas digitais. A desconfiança aumenta ainda mais entre aqueles que anularam, votaram em branco ou não compareceram às urnas no segundo turno, com 63% desse grupo afirmando não confiar nas redes sociais.
A análise por faixa etária mostra que a desconfiança não diminui entre os jovens. Na verdade, 59% dos brasileiros entre 35 e 59 anos e 57% dos que têm entre 16 e 34 anos expressam falta de confiança nas redes. O grupo com mais de 60 anos apresenta um índice ligeiramente inferior, de 50%. Regionalmente, o Sudeste concentra o maior percentual de desconfiança, com 60% dos entrevistados afirmando não confiar nas plataformas. Já nas regiões Nordeste e Sul, esse percentual é de 53%, abaixo da média nacional.
A pesquisa ouviu 12.150 pessoas entre os dias 13 e 17 de agosto, com uma margem de erro de dois pontos percentuais. O objetivo foi medir a confiança da população em diversas instituições, incluindo a Igreja Católica, Forças Armadas, Polícia Militar, STF, imprensa, bancos, prefeitos e o Congresso Nacional, além das redes sociais.
Crédito da foto: InfoMoney. Fonte: InfoMoney.
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