Os 39 municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Belo Horizonte representam cerca de um quarto da população mineira, com mais de 5 milhões de habitantes. Contudo, desde 2015 os municípios não alcançam a meta de 95% de cobertura vacinal, determinada pelo Ministério da Saúde.
Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) que contemplam tanto as campanhas de vacinação quanto as ações de rotina vacinal mostram que a preocupação dos responsáveis pelas crianças está concentrada na faixa etária menor de um ano. Porém, nota-se, até nessa faixa etária, uma redução na procura do imunizante nos últimos dois anos. Em 2021, houve redução de 12,8% na procura em relação a 2020 e, em 2022, redução de 8%, acumulando redução de 20,7% em relação a 2020.
A cobertura vacinal abaixo da meta nos últimos sete anos, preocupa não só os técnicos, mas também a população. Ailton Geraldo de Souza, 55, relata a própria experiência com a doença. “Os pais e responsáveis devem se conscientizar sobre a importância da vacinação. As sequelas da pólio são para toda a vida e afetam o cotidiano. Coisas simples podem ser empecilhos. A acessibilidade melhorou, mas está longe do ideal. Quando era criança não havia o Sistema Único de Saúde (SUS) e as vacinas estavam disponíveis apenas em São Paulo”.
A doença
A poliomielite é transmitida por água e alimentos contaminados ou contato com uma pessoa infectada, sendo a vacina oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a melhor forma de prevenção. Muitas pessoas infectadas com o poliovírus não ficam doentes nem apresentam sintomas. No entanto, aquelas que ficam doentes desenvolvem paralisia, o que pode ser fatal. Para saber mais sobre essa doença, acesse: www.saude.mg.gov.br/poliomielite