Embora estudos apontem que relações em que a mulher é mais velha costumam ser mais equilibradas e felizes, esse tipo de união continua sendo alvo de preconceito social. A peça “Matilde”, em cartaz em Belo Horizonte, provoca reflexões sobre envelhecimento e relações intergeracionais, tema ainda cercado por estigmas quando envolve mulheres com parceiros mais jovens.
Pesquisas indicam que, apesar de casais desse perfil demonstrarem mais companheirismo, maturidade e equilíbrio, a sociedade, marcada pelo machismo, ainda tende a julgar negativamente essas relações. Enquanto homens mais velhos com mulheres jovens são amplamente aceitos, o oposto ainda causa estranheza pública.
Segundo especialistas, essa rejeição tem raízes na ideia de que o homem deve ser superior em status, idade e poder. No entanto, entrevistas com casais mostram que o afeto, o respeito e a confiança mútua são mais presentes nesses relacionamentos não convencionais. Para os homens, o cuidado e a compreensão das parceiras são destacados como diferenciais.
Mesmo com avanços, o preconceito social pode gerar insegurança e afetar o bem-estar do casal. A mudança, segundo atrizes e estudiosas, passa por atitudes femininas mais livres e por representações que ajudem a romper padrões ultrapassados.
📸 Foto: Daniel Chiacos / Divulgação
📄 Fonte: Jornal O Tempo – 29/05/2025
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