Os três principais reservatórios responsáveis pelo abastecimento de cerca de 3,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Belo Horizonte estão operando com volumes abaixo do ideal. A situação é reflexo direto da falta de chuvas significativas durante o período de estiagem, que se estende desde o meio do ano em Minas Gerais.
O caso mais crítico é o do reservatório Serra Azul, localizado em Juatuba. Com capacidade para 40 milhões de metros cúbicos, ele está atualmente com 44,5% de volume — bem abaixo dos 62% registrados no mesmo período do ano passado.
Já o reservatório Rio Manso, o maior do sistema e situado em Brumadinho, apresenta 64,1% de sua capacidade, que é de 97 milhões de metros cúbicos.
O reservatório Vargem das Flores, entre Contagem e Betim, comporta aproximadamente 19 milhões de metros cúbicos, mas está com apenas 48,6% de volume.
As três estruturas formam o Sistema Paraopeba, que, segundo a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), opera atualmente com 55,7% do volume total. Esse índice é considerado suficiente para manter o abastecimento, desde que o consumo consciente seja mantido pela população.
A empresa informou que, apesar dos números baixos, não há risco imediato de desabastecimento. “Com o atual volume armazenado nos reservatórios aliado ao uso consciente de água pela população, a Copasa entende que neste momento não há risco para o abastecimento”, declarou em nota.
A expectativa é que a situação melhore com a chegada do período chuvoso. Ainda assim, a Copasa alerta que o consumo elevado, associado a temperaturas altas e baixa umidade do ar, pode provocar instabilidades no fornecimento, principalmente em bairros mais altos e regiões distantes dos centros urbanos.
O apelo é claro: evitar o desperdício de água até que os níveis dos reservatórios se recuperem plenamente.
📸 Foto: Arte/TV Globo
📰 Fonte: g1 Minas