fbpx

RMBH tem 26 cidades em risco para alagamentos. Saiba quais

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Com a previsão de chuvas intensas na Região Metropolitana de Belo Horizonte até o fim do ano e o risco de que a temporada traga mais dor e prejuízos, a reportagem do Estado de Minas usou dados de modelos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Agência Nacional de Águas  (ANA) para identificar os pontos mais vulneráveis da Grande BH,

Pelo mapeamento da ANA, o maior aglomerado populacional de Minas concentra 44 trechos de rios, ribeirões e córregos com alta frequência de inundações, abrangendo 26 dos 34 municípios da região metropolitana, incluindo a capital. (Veja o mapa.) As habitações e vias mais próximas ao Rio das Velhas são as mais castigadas pela repetição de alagamentos e enchentes em trechos em nove municípios: Baldim, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Raposos, Rio Acima, Sabará e Santa Luzia.

Em seguida, o Ribeirão da Mata, afluente do Velhas, inunda com alta frequência em seis municípios: Capim Branco, Confins, Matozinhos, Pedro Leopoldo, São José da Lapa e Vespasiano. Já o Rio Paraopeba tem altos registros em quatro cidades: Brumadinho, Esmeraldas, Florestal e Juatuba, segundo a ANA.

O CPRM também identifica em seu mapeamento duas áreas do Rio das Velhas como as mais críticas para inundações, no trecho entre Nova Lima e Sabará. Em Nova Lima, as comunidades de Honório Bicalho e de Santa Rita estão mais expostas, somando cerca de 350 edificações e 1.750 pessoas. Como um todo, das áreas urbanas ou edificadas do município, 1,8% se encontram em pontos de alto risco de inundações, 1,4% em médio risco e 3,6% em locais de baixo risco.

Em Sabará, a proximidade das estruturas urbanas e moradias com áreas que podem ser atingidas por alagamentos, inundações e enxurradas é ainda maior. Os piores setores foram identificados próximo ao Rio das Velhas, nos bairros Vila Real, Catita, Caieiras, Centro e Rosário, e no Rio Sabará, no Centro, somando cerca de 460 edificações e 2.300 pessoas. Sabará tem 4,1% de área urbana ou edificada em espaços de alta probabilidade de inundação, 3,6% em médio grau e 7,7% nos espaços considerados de baixo risco.

Entre a inundação e o deslizamento

 Se a elevação do nível dos rios atormenta as populações das partes mais baixas da capital e da Grande BH, a instabilidade de morros e terrenos mais altos enfrenta o fantasma do risco de deslizamentos, devido ao encharcamento do solo. Os municípios de Nova Lima, Sabará e Ibirité são apontados pelo mapeamento do Serviço Geológico do Brasil como tendo mais áreas de risco geológico na Grande BH.Um dos que mais somam áreas em risco é Nova Lima. O Plano de Contingência Municipal feito em 2022 pela prefeitura, Defesa Civil estadual e a Sete Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda. mostra que dos 24.203 domicílios, 18.393 (76%) se encontram em áreas com algum nível de risco geológico, de inundações, de influência de barragens ou ferroviários, somando 73.672 (77%) do total de 96.157 habitantes considerados no estudo. Ao todo, Nova Lima tem 71 regiões de bairros e comunidades em áreas de risco, sendo que 32 em ameaça muito alta, três em risco alto, seis no patamar médio e 30 muito baixas. Segundo o CPRM, há alta suscetibilidade a deslizamentos e escorregamentos em 6,7% da área urbana nova-limense, 7,8% em médio risco e 85,5% em baixo risco.

Sabará tem a segunda maior concentração de áreas de riscos geológicos, com destaque para os bairros Mangueiras, Mangabeiras, Boa Vista, Córrego da Ilha, Morro da Cruz, Rosário I, Roça Grande e General Carneiro. A suscetibilidade a deslizamentos e escorregamentos nos setores urbanos é considerada de alto risco em 9,1% dessa área, médio perigo em 11,7% e baixo em 79,2%. Em Ibirité, há alto risco em 1,9% da área urbana, médio em 9,1% e baixo em 89%.

FOTO: (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Encontre uma reportagem