O governo de Minas Gerais publicou o edital de concessão das rodovias MG-010, MG-424 e LMG-800, no vetor norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O projeto prevê a instalação de 12 praças de pedágio, com tarifas entre R$ 1,66 e R$ 5,04. O leilão do lote está previsto para junho deste ano, e a expectativa é de R$ 5 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos.
Valores e locais das praças de pedágio
• MG-010: 4 praças
• Entre BH e Vespasiano (Km 17,4) – R$ 1,68
• Entre Vespasiano e Lagoa Santa – R$ 3,61
• Entre Lagoa Santa e Jaboticatubas (Km 47,10) – R$ 5,04
• Entre Jaboticatubas e Santana do Riacho (Km 93,45) – R$ 4,90
• MG-424: 5 praças
• Entre Vespasiano e São José da Lapa (Km 4,5) – R$ 1,66
• Entre São José da Lapa e Confins – R$ 1,66
• Trechos adicionais até Matozinhos
• LMG-800: 2 praças
• No Km 5, saída do Aeroporto Internacional de BH (Confins) – R$ 3,54
• Entre Pedro Leopoldo e Confins (Km 11,7) – R$ 2,04
Inicialmente, o governo previa uma praça de pedágio no Km 45,5 da MG-424, em Sete Lagoas, com cobrança de R$ 2,70, mas esse ponto foi retirado da concessão.
Cobrança automática e polêmica
O edital prevê a implementação do sistema de “passagem livre”, onde a cobrança será feita automaticamente, proporcionalmente ao trecho percorrido. No entanto, a tarifa só começará a ser aplicada após a conclusão das melhorias previstas para o primeiro ano do contrato.
A medida tem sido alvo de críticas da população e de políticos. O movimento “BH Sem Pedágio”, liderado pelo vereador Wanderley Porto (PRD) e o deputado federal Fred Costa (PRD-MG), já reuniu 10 mil assinaturas contra a concessão.
“A população será muito prejudicada. Quem mora em Lagoa Santa e trabalha em BH, por exemplo, pode gastar cerca de R$ 20 por dia com pedágio, gerando um custo enorme ao longo do mês”, argumenta Porto.
O leilão do lote ocorrerá em junho, e o debate sobre os impactos da concessão segue intenso na região.
crédito: Ramon Lisboa/EM/D.A Press